As empresas de tecnologia de megacapitalização dos EUA permaneceram relativamente estáveis nas negociações de Frankfurt após o anúncio de uma nova taxa de visto H-1B pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
A proclamação da Casa Branca, emitida na sexta-feira, exige que as empresas paguem US$ 100.000 anualmente para cada visto de trabalho H-1B, levando empresas como Microsoft (NASDAQ:MSFT) (BOV:MSFT34) , Alphabet (NASDAQ:GOOG) (BOV:GOGL34) e Goldman Sachs (NYSE:GS) (BOV:GSGI34) a aconselhar os funcionários a não saírem ou retornarem aos EUA imediatamente.
Gigantes indianas de TI, como Tech Mahindra, Tata Consultancy e Infosys, viram suas ações despencarem após o anúncio. O visto H-1B tem sido historicamente um canal fundamental para empresas de tecnologia indianas contratarem pessoal para projetos nos EUA, que geram uma parcela significativa de sua receita.
Analistas de Wall Street compartilharam suas perspectivas sobre a nova taxa:
“As empresas de serviços de TI da Índia reduziram sua dependência do programa de visto H-1B desde 2016 e mudaram suas contratações para serem substancialmente locais, com várias gerências com as quais conversamos indicando que as contratações são mais de 80% locais.”
“Vemos um impacto limitado nos lucros devido à baixa exposição ao visto H-1B e à ausência de alternativas práticas para a base de clientes, já que o patrocínio em si enfrenta os mesmos custos. Em 2016, quando as aprovações do visto H-1B pareciam difíceis, a alternativa.” – Macquarie
“A curto prazo, não esperamos que essa mudança tenha um impacto fundamental significativo no universo de serviços de TI, especialmente em grandes players, dada a flexibilidade inerente aos seus modelos de alocação de pessoal. A longo prazo, se a política persistir e tudo o mais permanecer inalterado, esperamos que a proporção de conteúdo entregue no exterior continue a aumentar. À primeira vista, o potencial impacto financeiro do aumento das taxas sobre os nomes em nossa cobertura (Infosys, Accenture, IBM, Exlservice, EPAM Systems) é provavelmente menos significativo do que o percebido, embora certamente impacte as estratégias de alocação de pessoal se persistir.” – Stifel
Considerando que a intenção do governo dos EUA é promover o emprego doméstico nos EUA, novas medidas para desencorajar a terceirização não podem ser descartadas. Isso provavelmente impulsionará uma mudança no modelo operacional, principalmente em direção a um aumento da terceirização local/externa. A perspectiva de crescimento a curto prazo [para empresas indianas de TI] pode ficar sob pressão, já que a administração se concentra em renegociações de contratos com clientes. Também pode haver algum atraso na execução, visto que os funcionários com visto H-1B enfrentam um futuro incerto. – Jefferies
“Com base em nossas verificações, as chances de essa mudança ser implementada podem ser menores do que o que foi precificado em curto e médio prazo, e as ações podem ter exagerado até certo ponto.”
“Nosso melhor palpite é que isso será proibido por tribunais inferiores, seguido por um período de limbo jurídico enquanto o governo recorre. Como acontece com tantas propostas políticas recentes, a decisão acabará sendo tomada pela Suprema Corte.” – Wolfe Research
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