A economia japonesa recebeu um novo sinal de pressão de custos nesta sexta-feira (31/10). A taxa de inflação anual na área de Ku, em Tóquio, uma importante referência para o país, subiu para 2,8% em outubro. O resultado veio acima dos 2,5% registrados no mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Estatísticas do Japão. O movimento foi puxado por aumentos em categorias além de alimentos e energia, indicando que as pressões inflacionárias podem estar se tornando mais persistentes.

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Os chamados núcleos de inflação, que tentam capturar a tendência subjacente dos preços, também mostraram força. Tanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) que exclui alimentos frescos e energia, quanto o índice que exclui apenas alimentos frescos, subiram para 2,8%. Este patamar iguala a taxa geral e sugere uma inflação mais disseminada na economia. O Departamento de Estatísticas do Japão confirmou em seu relatório que “O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), excluindo alimentos frescos e energia, e o índice excluindo apenas alimentos frescos, subiram para 2,8%, igualando o valor divulgado.”

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Para os mercados financeiros, esta notícia tem implicações diretas. Uma inflação mais teimosa no Japão reduz o espaço para que o Banco do Japão mantenha sua política monetária ultraacomodatória. Isso pode levar a um fortalecimento do iene (FX:USDJPY) frente ao dólar e exercer pressão de baixa nos títulos do governo japonês, cujos rendimentos podem ser forçados a subir. No mercado de ações, setores mais sensíveis a juros, como o de utilities, podem enfrentar volatilidade, enquanto exportadoras podem ser beneficiadas por um iene mais forte.

No contexto atual, onde o Banco do Japão navega cuidadosamente entre sustentar a recuperação econômica e conter a inflação, este dado de Tóquio é um forte argumento para os que defendem uma normalização mais rápida da política monetária. A persistência inflacionária acima da meta de 2% mantém os investidores em alerta para qualquer sinal de mudança de tom da autoridade monetária, o que deve continuar a ser um dos principais direcionadores para os ativos japoneses e globais nas próximas sessões.

 

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