Os aluguéis residenciais no Brasil registraram alta de 0,30% em setembro, após avanço de 0,28% em agosto, segundo o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) nesta segunda-feira (06/10).
Nos 12 meses encerrados em setembro, o IVAR acumulou alta de 4,04%, uma leve desaceleração em relação aos 4,08% registrados no período anterior.
“Podemos atribuir a ligeira desaceleração em 12 meses à variação dos aluguéis em Porto Alegre, que saíram de uma base mais elevada em 2024, chegando a registrar 22% no acumulado de 12 meses em setembro do ano passado. Apesar da menor volatilidade, as demais capitais registraram avanços nos preços de aluguéis residenciais”, avaliou o economista Matheus Dias, do Ibre/FGV, em nota oficial.
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O IVAR foi criado para mensurar a evolução mensal dos preços efetivos de locação residencial no país, com base em contratos firmados entre locadores e locatários por meio de empresas administradoras de imóveis. Antes da criação do índice, a FGV baseava-se apenas em valores de anúncios, sem considerar os montantes realmente negociados.
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Entre as capitais monitoradas, São Paulo passou de uma alta de 0,06% em agosto para 0,37% em setembro. No Rio de Janeiro, o avanço foi de 0,27% para 1,02%, enquanto Belo Horizonte subiu de 0,40% para 0,55%. Já Porto Alegre destoou do grupo, recuando de 0,59% para -0,40% no período.
Em 12 meses, os aluguéis acumularam ganhos de 2,69% em São Paulo, 9,01% em Belo Horizonte, 4,29% no Rio de Janeiro e 2,05% em Porto Alegre.
A leitura do IVAR sinaliza que, embora os reajustes sigam moderados, o mercado de locação ainda se mantém aquecido nas principais capitais, refletindo a demanda consistente por moradia urbana e o impacto gradual da política monetária mais restritiva sobre o poder de compra das famílias.
Mesmo sem uma cotação direta relacionada, o movimento recente reforça o cenário de resiliência do setor imobiliário diante da desaceleração econômica, sugerindo estabilidade nos preços de aluguéis no curto prazo e possíveis pressões localizadas em mercados de alta demanda, como São Paulo e Belo Horizonte.
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