Companhia aérea em recuperação judicial nos EUA reporta recuo de 6,2% no resultado operacional e de 6,3% na receita líquida; ações seguem pressionadas na bolsa de valores B3.
A Azul (BOV:AZUL4) divulgou nesta quarta-feira (01/10) que seu Ebitda ajustado em agosto somou R$ 664,9 milhões, uma queda de 6,2% em relação a julho, quando havia registrado R$ 709 milhões. A receita líquida acompanhou o movimento e recuou 6,3%, para R$ 1,889 bilhão, frente aos R$ 2,016 bilhões do mês anterior.
O desempenho reflete o ambiente desafiador enfrentado pelas companhias aéreas, com custos ainda elevados, volatilidade cambial e a pressão da demanda interna. No caso da Azul, a situação é ainda mais delicada, já que a companhia está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde maio de 2025.
Apesar da queda no faturamento, a empresa encerrou agosto com R$ 1,671 bilhão em caixa e equivalentes, preservando liquidez para enfrentar os próximos meses. Já as contas a receber saltaram de R$ 1,9 bilhão em julho para R$ 2,262 bilhões em agosto, indicando maior exposição a prazos de pagamento do setor.
Na B3, as ações da Azul (AZUL4) encerraram o pregão desta terça-feira (30/09) cotadas a R$ 1,20, sem variação em relação ao fechamento anterior. Ao longo do dia, os papéis oscilaram entre a mínima de R$ 1,02 e a máxima de R$ 1,30, refletindo a cautela dos investidores diante da fragilidade financeira da empresa e da incerteza sobre os próximos passos do plano de reestruturação.
A Azul S.A. (BOV:AZUL4) é uma das principais companhias aéreas brasileiras, com atuação no transporte de passageiros e cargas. Fundada em 2008, a empresa se consolidou como líder em número de cidades atendidas no Brasil, competindo diretamente com Gol (BOV:GOLL4) e Latam.
O resultado de agosto reforça os desafios que a Azul enfrenta em sua trajetória de reestruturação. Investidores devem acompanhar de perto os próximos passos da companhia, especialmente a evolução do caixa e a execução do plano de recuperação judicial.