O Banco da Reserva da Nova Zelândia (RBNZ) surpreendeu os mercados nesta quarta-feira (08/10) ao reduzir sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, levando a Taxa de Juros Oficial (OCR) de 3% para 2,5%. A decisão foi o dobro do corte de 25 pontos-base amplamente esperado pelos analistas e reforça o tom mais agressivo de flexibilização monetária adotado pela autoridade monetária.

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Segundo o comunicado oficial, o banco central destacou que permanece “aberto a novos cortes na OCR, conforme necessário para que a inflação se estabilize de forma sustentável perto da meta de 2% no médio prazo”. O movimento sinaliza uma postura mais proativa diante da desaceleração econômica e da moderação nas pressões inflacionárias.

 

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De acordo com o RBNZ, “a inflação está atualmente em torno do topo da faixa de 1% a 3% da meta do Comitê de Política Monetária”. No entanto, a autoridade monetária ponderou que, “com a capacidade ociosa na economia, espera-se que a inflação retorne ao ponto médio da meta de 2% ao longo do primeiro semestre de 2026”.

A decisão do RBNZ deve gerar impactos relevantes no mercado de câmbio e na bolsa de valores do país. Um corte de juros dessa magnitude tende a pressionar o dólar neozelandês (FX:NZDUSD) para baixo frente a outras moedas, estimulando as exportações, mas reduzindo a atratividade dos ativos locais para investidores estrangeiros. Por outro lado, o afrouxamento monetário pode dar novo fôlego às ações listadas na bolsa de valores da Nova Zelândia, em especial nos setores de consumo, construção e varejo, que se beneficiam de juros mais baixos.

Mesmo sem uma cotação específica anexada, a decisão do RBNZ ocorre em um contexto global de cautela, em que os bancos centrais ainda buscam equilibrar o controle inflacionário com a necessidade de preservar o crescimento econômico. A medida pode inspirar novas rodadas de flexibilização monetária em economias desenvolvidas caso as pressões inflacionárias sigam diminuindo nos próximos meses.

 

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