O Banco da Rússia anunciou nesta sexta-feira (24/10) um corte de 50 pontos-base na taxa básica de juros, que passa a ser de 16,5% ao ano. A decisão ocorre em meio a uma inflação anual de 8,2% registrada em 20 de outubro, com expectativa de recuo para a faixa entre 6,5% e 7% até o final de 2025.
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O Banco da Rússia anunciou nesta sexta-feira (24/10) um corte de 50 pontos-base na taxa básica de juros, que passa a ser de 16,5% ao ano. A decisão ocorre em meio a uma inflação anual de 8,2% registrada em 20 de outubro, com expectativa de recuo para a faixa entre 6,5% e 7% até o final de 2025.
Em comunicado, a instituição destacou que continuará adotando uma política monetária restritiva para reconduzir a inflação à meta de 4%. O banco também projetou que a taxa média de juros em 2026 ficará entre 13% e 15% ao ano, enquanto a inflação deve desacelerar para o intervalo de 4% a 5%.
“Dados em tempo real e indicadores de pesquisas apontam para uma desaceleração da atividade econômica geral no terceiro trimestre de 2025, que permanece positiva. A atividade empresarial é desigual entre os setores. Uma desaceleração significativa é observada em setores focados na demanda externa”, afirmou o Banco da Rússia.
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A redução dos juros tende a influenciar o comportamento do mercado financeiro russo, estimulando parcialmente o crédito e o consumo doméstico, mas mantendo pressões sobre o câmbio e os títulos públicos de curto prazo. Para investidores internacionais, a decisão reforça o compromisso do banco central em equilibrar crescimento e controle inflacionário, o que pode trazer volatilidade ao rublo (FX:USDRUB) e aos rendimentos dos títulos soberanos.
Mesmo com a decisão de corte, a manutenção de uma política restritiva indica que o banco busca um ajuste gradual no ritmo econômico. O movimento é observado com cautela pelos mercados, especialmente diante do cenário global de desaceleração e das sanções econômicas que ainda impactam a economia russa.
No contexto atual, a decisão do Banco da Rússia reforça o papel da política monetária como ferramenta de estabilidade, refletindo uma tentativa de acomodar a economia sem perder o controle sobre os preços. Esse posicionamento é visto como um sinal de prudência num ambiente de pressões externas e internas que continuam desafiando o crescimento do país.
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