Entre 29 de Setembro e 3 de Outubro, small caps de crédito local e agronegócio evitam perdas maiores na bolsa de valores.

A semana de 29/09 a 03/10 foi hostil para as small caps, mas alguns setores atuaram como amortecedores da queda. Bancos regionais e empresas do agronegócio conseguiram resistir melhor e, em certa medida, conter parte das perdas do Índice Small Caps (BOV:SMLL). Essa dinâmica demonstra que, mesmo em cenários mais tensos, há segmentos que oferecem alguma proteção relativa.

Dentro dos bancos regionais, Banrisul PNB (BOV:BRSR6) registrou valorização de 4,39%, o que evidencia o apetite por papéis de instituições com perfil local, menos expostos às incertezas macro globais. Já no agronegócio, Brasil Agro (BOV:AGRO3) avançou 2,24%, e outras empresas ligadas a alimentos ou com exposição ao campo conseguiram apresentar desempenho mais estável.

Também chamaram atenção companhias como Camil Alimentos (BOV:CAML3), que subiu 0,81%, e Odontoprev (BOV:ODPV3) com alta de 2,02%, reforçando que investidores buscaram refúgio em nomes com receita mais previsível e menos sensível ao ciclo de consumo. Essas empresas de perfil mais defensivo têm sido pivôs em semanas de volatilidade.

A presença desses papéis com desempenho moderado foram fundamentais para reduzir o impacto agregado das quedas nos outros setores mais voláteis. Se não fosse por essa proteção parcial, o SMLL provavelmente teria recuado ainda mais. O mercado de small caps mostrou que nem todas as quedas atingem com igual intensidade.

Importante notar que embora essas empresas tenham resistido melhor, não escaparam ilesas. Elas não exibiram grandes ganhos, mas funcionaram como amortecedores de perdas. Isso reflete uma leitura seletiva do mercado: busca-se ativos com menor risco embutido, ainda que em meio a retração.

Vale destacar que esses nomes tendem a ter menor volatilidade e mais estabilidade operacional, o que os torna atrativos em momentos de ajuste. Enquanto papéis de varejo e construção despencavam, bancos regionais e empresas do agronegócio oferecem alguma “âncora” em meio à tempestade.

Não significa que o risco esteja ausente — qualquer notícia adversa, revisão regulatória ou surpresa negativa pode reverter o raciocínio. Mas é um indicativo de que não vale jogar tudo para fora: há pontos de aparente solidez mesmo em semanas difíceis.

Para os gestores que operam com small caps, essa dispersão reforça a importância da diversificação entre segmentos. Apostar só em varejo ou construção pode ser arriscado demais em semanas de ajuste.

Enquanto os papéis mais sensíveis enfrentam forte pressão, as empresas do agronegócio e dos bancos regionais merecem atenção redobrada — podem servir como pivôs de entrada ou equilíbrio em carteiras.

Acompanhe as cotações em tempo real do Índice Small Caps e o desempenho das ações de empresas que compõem o SMLL no Monitor Performance ADVFN.