Esse é o Bom dia ADVFN,  01 de outubro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam em baixa, enquanto investidores assimilam a paralisação do governo dos EUA. O shutdown começou à meia-noite após o fim do prazo para aprovação do orçamento, resultado de impasse entre o presidente Donald Trump e os democratas no Congresso sobre gastos com saúde. O Departamento do Trabalho informou que suspenderá praticamente todas as atividades, o que inclui o cancelamento da divulgação do relatório de empregos (payroll) de setembro, previsto para sexta-feira.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam em baixa. Na agenda, além da pesquisa de emprego da ADP, os investidores acompanham a divulgação do PMI industrial final de setembro, os dados de gastos com construção de agosto, com expectativa de leve queda de 0,1%, e o ISM de manufatura de setembro, projetado em 49,0 pontos.

No after-market, as ações da Nike subiram mais de 4%, depois que a gigante dos tênis surpreendentemente superou as expectativas de lucro e receita em seu primeiro trimestre fiscal.

Shutdown: O Congresso dos Estados Unidos ultrapassou o prazo de meia-noite para aprovar o orçamento, desencadeando a primeira paralisação do governo dos EUA em quase sete anos. O Escritório de Orçamento da Casa Branca ordenou que as agências começassem a executar seus planos para a suspensão de recursos.

Com os dois partidos em impasse sobre subsídios de saúde e usando o momento para preparar terreno para as eleições legislativas de 2026, a paralisação — e seus efeitos econômicos — pode se prolongar. Caso dure três semanas, a taxa de desemprego pode subir para 4,6%-4,7%, contra 4,3% em agosto, à medida que os servidores afastados forem contabilizados como desempregados temporários, segundo a Bloomberg Economics.

A atenção do mercado se volta para a duração da paralisação, já que um fechamento prolongado pode atrasar a divulgação de indicadores importantes antes da reunião do Federal Reserve (Fed) no fim de outubro. O Departamento do Trabalho informou que suspenderá praticamente todas as atividades, o que inclui o cancelamento da divulgação do relatório de empregos (payroll) de setembro, previsto para sexta-feira.

Na Europa,  as bolsas operam de forma mista, enquanto investidores monitoram a paralisação do governo dos EUA. As ações do setor de saúde na Europa avançaram, acompanhando o movimento em Wall Street, após a Pfizer e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciarem um acordo em que a farmacêutica reduzirá os preços de medicamentos no programa Medicaid em troca de alívio tarifário.

Líderes europeus se reunirão em Copenhague nesta quarta para discutir medidas para reforçar a segurança do continente, após uma recente onda de incursões no espaço aéreo de países como Dinamarca , Polônia , Romênia e Estônia.

Petróleo: Os preços do petróleo sobem após dois dias consecutivos de perdas, com os investidores avaliando os potenciais planos da OPEP+ para um aumento na produção no próximo mês, em relação à perspectiva de redução dos estoques nos EUA.

Na Ásia,  os mercados fecharam sem direção única, após o início da paralisação do governo federal dos EUA e um levantamento que apontou melhora do sentimento no setor manufatureiro do Japão.

O índice japonês Nikkei caiu 0,85% em Tóquio, a 44.550,85 pontos, pressionado por ações financeiras e da indústria pesada, após a pesquisa Tankan do Banco do Japão (BoJ) mostrar que o sentimento de grandes fabricantes do país teve um ligeiro avanço no terceiro trimestre em função do acordo tarifário fechado com os EUA. A pesquisa aumenta as chances de que o BoJ volte a elevar seu juro básico em breve para combater a inflação, que vem superando a meta oficial de 2% há algum tempo.

O sul-coreano Kospi subiu 0,91% em Seul, a 3.455,83 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,63% em Taiwan, a 25.982,912 pontos, com ajuda a fabricante de semicondutores TSMC, que avançou 1,53% após a estrela da inteligência artificial Nvidia atingir recorde ontem e ultrapassar US$ 4,5 trilhões em valor de mercado.

Os mercados da China continental estão fechados devido ao feriado da “semana dourada”, que se estenderá até o dia 8. Também foi feriado em Hong Kong hoje.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou praticamente estável, com baixa marginal de 0,04% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.845,70 pontos.

Mais adiante, no fim de semana, o partido governista do Japão vai escolher um novo líder e, consequentemente, um novo primeiro-ministro, após a derrota na eleição parlamentar de julho.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 62,68   (+0,50%).

Brent  é negociado a US$ 66,40  (+0,56%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 115.250,01  (+0,90%).

Ouro:

Negociado a US$ 3.887,30  a onça-troy (+0,66%).

Minério de ferro: 

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,07%, a 684,00 iuanes (US$ 96,53).

Brasil:

Imposto de renda: O projeto de reforma do Imposto de Renda (IR) e da ampliação do número de isentos está pautado para ser votado nesta quarta-feira, 1º de outubro, na Câmara do Deputados. A reforma do IR prevê que quem ganha até R$ 5 mil mensais passará a ser isento de Imposto de Renda. Segundo o governo, com isso, serão incluídas, de imediato, 10 milhões de brasileiros na lista dos isentos, ampliando para 20 milhões o total de brasileiros livres do recolhimento de IR.

Economia:.

✔️ Investimentos em setembro:  Entre as 13 ativos do mercado analisados pela consultoria Elos Ayta, 11 fecharam no azul. Quem brilhou no mês passado foi o ouro, com uma valorização de 10,54%, mais que o dobro do segundo colocado. Atrás do metal ficou o índice de BDRs (que reúne recibos de ações estrangeiras negociados na B3), com alta de 3,96%.

A terceira colocação do pódio ficou com uma criptomoeda. O Bitcoin teve uma valorização de 3,72% em setembro, seguido de perto pelo Ibovespa, principal índice da bolsa, com +3,40%. Até a tradicional poupança, conhecida pelo retorno modesto, teve resultado positivo (+0,68%). As exceções ficaram por conta do euro (-1,66%) e do dólar (-1,99%), que foram os únicos a apresentar rentabilidade negativa no mês.

✔️ Carrefour (CAFR31) encerra voluntariamente seu programa de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) Nível I, lastreados em ações da companhia. O comunicado foi feito pelo Itaú Unibanco, instituição depositária responsável pelo programa no Brasil. De acordo com a empresa, a medida tem como objetivo concentrar a liquidez de seus papéis na Euronext Paris, principal mercado em que suas ações são negociadas, além de buscar maximizar o retorno aos acionistas. O Carrefour destacou que 98,76% dos BDRs emitidos já haviam sido cancelados a pedido dos investidores, o que reforçou a decisão de descontinuação. O processo ainda depende de aprovação da B3 e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Após o aval dos órgãos reguladores, Carrefour e Itaú irão comunicar aos detentores de BDRs os procedimentos e condições para o encerramento definitivo. Na sequência, será realizado o cancelamento do registro do programa junto à CVM.

✔️ Impostos sobre dividendos:  Um estudo da PwC encomendado pela Associação Brasileira das Empresas de Capital Aberto (Abrasca) intensificou o embate em torno da proposta do governo federal que prevê a taxação de dividendos de investidores estrangeiros. Segundo o levantamento, se aprovada, a medida poderá elevar a carga tributária dessas companhias para um patamar entre 45% e 47%, considerado o mais alto do mundo. O objetivo da proposta é financiar a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, além de oferecer descontos para rendimentos de até R$ 7.350.

Cresce a tensão entre governo e empresas de capital aberto. Para o setor privado, a tributação de dividendos ameaça a competitividade do país e pode provocar fuga de investimentos internacionais. Já para a equipe econômica, a medida é indispensável para garantir o equilíbrio das contas públicas, ao mesmo tempo em que amplia benefícios sociais com a correção da tabela do Imposto de Renda.

✔️ O Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu um alerta ao governo Lula de que a prática recorrente de retirar despesas do cálculo das metas fiscais contraria os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e ameaça a transparência das contas públicas. De acordo com a análise conduzida sob relatoria do ministro Benjamin Zymler, só nos dois primeiros anos de vigência do novo arcabouço fiscal, cerca de R$ 89,9 bilhões foram excluídos do resultado primário, em seis medidas aprovadas nos exercícios de 2024 e 2025.

Em 2024, foram retirados R$ 29 bilhões para o socorro ao Rio Grande do Sul após as enchentes, R$ 1,4 bilhão em ações contra incêndios na Amazônia e R$ 1,3 bilhão em restituição de despesas ao Judiciário. Já em 2025, foram excluídos R$ 45,3 bilhões em precatórios, R$ 3,3 bilhões para ressarcir aposentados do INSS vítimas de fraude e R$ 9,5 bilhões destinados a apoiar empresas afetadas pelo tarifaço americano.

Segundo o TCU, excluir gastos por meio de exceções é ainda pior do que alterar a meta oficialmente, porque gera dupla contabilidade: o resultado “legal” e o resultado efetivo. Essa prática, concluem os técnicos, compromete a transparência, fragiliza o arcabouço fiscal e coloca em risco a sustentabilidade da dívida pública brasileira.

 

Agenda Econômica:

04h55 – Alemanha/S&P Global/HCOB: PMI industrial final de setembro
05h00 – Zona do euro/S&P Global/HCOB: PMI industrial final de setembro
05h30 – Reino Unido/S&P Global: PMI industrial final de setembro
06h00 – Zona do euro/Eurostat: CPI final de setembro
08h00 – FGV: IPC-S de setembro
09h15 – EUA/ADP: relatório sobre criação de empregos no setor privado de setembro
10h45 – EUA/S&P Global: PMI industrial final de setembro
11h00 – EUA/ISM: PMI industrial de setembro
11h00 – EUA/Deptº do Comércio: investimentos em construção de agosto
11h30 – EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 26/9
14h30 – BC: Fluxo cambial semanal

Eventos
China: Feriado da Semana Dourada deixa mercados durante uma semana
️ Opep+ realiza reunião
12h30 – EUA: Tom Barkin (Fed/Richmond) participa de conferência

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Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em baixa de 0,07%, fechando aos 146.237 pontos, depois de ter renovado máxima histórica mais cedo no pregão. O volume financeiro foi de R$ 22,9 bilhões.

Maiores altas do Ibovespa

BEEF3
+3.21%
R$ 6,75
MRVE3
+3.19%
R$ 7,45
CURY3
+2.58%
R$ 34,57
IRBR3
+2.53%
R$ 49,00
CXSE3
+2.30%
R$ 15,11

Maiores baixas do Ibovesp

MGLU3
-9.60%
R$ 9,60
PCAR3
-8.72%
R$ 3,98
LREN3
-4.00%
R$ 15,13
USIM5
-3.64%
R$ 4,23
VAMO3
-3.36%
R$ 3,45

Dólar:

O dólar fechou em alta de 0,06%, cotado a R$5,3228.

IFIX:

O índice fechou em alta de 0,20%, aos 3.589,44 pontos. No mês, o índice acumula elevação de 3,16%.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)