Esse é o Bom dia ADVFN, 28 de outubro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam mistos, após S&P 500, o Nasdaq e e o Dow Jones encerrarem o pregão anterior em máximas históricas. O movimento reflete o alívio nas tensões entre Washington e Pequim. Os investidores também se preparam para decisão de juros do Federal Reserve, prevista para quarta-feira, 29.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam sem direção única. Na agenda, inclui a divulgação do índice de confiança do consumidor medido pelo Conference Board, o índice de manufatura de outubro do Federal Reserve de Richmond, a pesquisa de atividade no setor de serviços do Fed de Dallas e os preços de imóveis referentes ao mês de agosto.
Japão: Trump está no Japão, onde se reuniu hoje com a nova primeira-ministra Sanae Takaichi.
Fed: os investidores se preparam para decisão de juros do Federal Reserve, prevista para quarta-feira. Segundo a ferramenta CME Fedwatch, o mercado precifica uma chance de 96% de que o Fed anuncie um corte de 25 pontos-base na taxa de juros. Além disso, os traders esperam um sinal do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o banco central reduzirá os juros mais uma vez em sua reunião final do ano em dezembro, devido às preocupações com o enfraquecimento do mercado de trabalho.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única, enquanto investidores se posicionam para decisão de juros nos Estados Unidos amanhã.
Comércio também está no centro das atenções dos investidores esta semana, em meio à esperança de que americanos e chineses consigam resolver uma crescente disputa comercial. O presidente Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping devem se reunir na Coreia do Sul na quinta-feira para tentar aliviar as tensões comerciais.
Petróleo: operam em baixa, ampliando as quedas das duas sessões anteriores, já que a pressão dos planos da OPEP para elevar a produção compensou o otimismo sobre um possível acordo comercial entre EUA e China.
Na Ásia, os mercados fecharam em baixa em possível movimento de realização de lucros, depois de acumularem robustos ganhos em pregões recentes em meio ao otimismo com a perspectiva de que EUA e China superem suas divergências comerciais.
O índice japonês Nikkei caiu 0,58% em Tóquio, a 50.219,18 pontos, depois de encerrar a sessão anterior em nível recorde, e o Kospi recuou 0,80% em Seul, a 4.010,41 pontos, também um dia após atingir máxima histórica e apesar de dados de crescimento da Coreia do Sul mais fortes do que o esperado, enquanto o Hang Seng cedeu 0,33% em Hong Kong, a 26.346,14 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,16% em Taiwan, a 27.949,11 pontos.
Na China continental, o pregão foi negativo, com queda de 0,22% do Xangai Composto, a 3.988,22 pontos, e de 0,23% do Shenzhen Composto, a 2.516,97 pontos.
Nos dois pregões anteriores, os mercados asiáticos subiram com força diante da possibilidade de que os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, cheguem a um acordo para encerrar a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, em encontro marcado para quinta-feira (30). Ontem, Trump disse haver “boa chance” de que um acordo seja firmado e adiantou também que pretende visitar a China no ano que vem. Trump está no Japão, onde se reuniu hoje com a nova primeira-ministra Sanae Takaichi, a primeira mulher a ocupar o cargo no país. Seu encontro com Xi será na Coreia do Sul.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom negativo da Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 0,48% em Sydney, a 9.012,50 pontos.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 60,29 (-1,66%).
O Brent é negociado a US$ 64,50 (-1,71%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 114.403,00 (-0,48%).
Ouro: ⚠️
Negociado a US$ 3.906,50 a onça-troy (-2,29%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +1,93%, a 792,50 iuanes (US$ 111,46).
Brasil:
Comércio: A confiança dos empresários do comércio atingiu o menor patamar desde a pandemia, em meio ao crédito caro e à desaceleração da atividade econômica. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o pessimismo aumentou de forma expressiva entre setembro e outubro, refletindo o impacto dos juros elevados e do enfraquecimento da demanda.
O levantamento mostra que 46% dos empresários em setembro e 43,6% em outubro projetavam piora para a economia brasileira — os maiores percentuais desde junho de 2020. Para João Marcelo Costa, economista da CNC, a taxa básica de juros, atualmente no maior nível em quase duas décadas, é o principal fator por trás da retração nas expectativas.
O índice geral de confiança do comércio, que reflete a percepção sobre o cenário atual da economia, caiu para 95,7 pontos em outubro, permanecendo abaixo da linha de 100 pelo segundo mês consecutivo. Segundo a CNC, 77,4% dos comerciantes avaliaram piora nas condições econômicas do país. Entre julho e outubro, o indicador acumulou queda de 10,3%, registrando o menor nível desde maio de 2021.
Economia:.
✔️ Ouro: O preço do ouro caiu significativamente na segunda-feira, 27 de outubro, recuando abaixo de US$ 4 mil por onça, após indícios de uma trégua nas tensões entre os EUA e a China. Com a reunião agendada entre Donald Trump e Xi Jinping para o dia 30 de outubro, investidores estão apreensivos com a decisão do Fed marcada para 29 de outubro, que pode resultar em uma redução de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros, influenciando assim a demanda por ouro como ativo de proteção. O impacto pode ser sentido por preços de joias e investimentos em fundos atrelados ao metal, enquanto mineradoras enfrentam pressão de mercado, conforme a Capital Economics já revisou suas projeções para o fim de 2026 para US$ 3.500 por onça.
✔️ Agro: entre os índices da B3 acompanhados até 24 de outubro de 2025, apenas três apresentam perdas no ano. O IAGRO, que mede o desempenho de ações do agro na bolsa, é o que mais recua, acumulando uma queda de 8,70% na janela em questão, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria. Depois aparece o IMAT, índice ligado a materiais básicos, com queda de 0,64%, e o IBOVB3, que reúne estatais, praticamente estável com leve variação negativa de 0,13%. O levantamento aponta que o desempenho fraco do IAGRO está relacionado à grande diferença entre os resultados das ações que compõem o índice. Das 30 companhias que fazem parte da carteira, 19 encerram o período no vermelho, refletindo a piora em segmentos como o de commodities agrícolas, papel e celulose, açúcar e álcool, além de bens industriais ligados ao campo.
Algumas ações registram perdas expressivas. Recrusul (RCSL3) lidera as quedas com -73,91%, seguida por Raízen (RAIZ4), com -55,09%, e Tupy (TUPY3), com -45,17%. Empresas de peso no agronegócio também acumulam resultados negativos, entre elas Suzano (-20,52%), Cosan (-26,47%) e São Martinho (-35,55%). Há papéis que conseguiram avançar em 2025. Hidrovias (HBSA3) aparece no topo das altas, com 58,75%, apoiada na recuperação dos fretes e na melhora das rotas logísticas em relação a 2024.
✔️ Motos: o setor de motocicletas virou um dos raros pontos fortes da indústria brasileira. Fora da Ásia, o Brasil é o maior produtor de motos do mundo. E as vendas crescem: até setembro, estão 13% acima do mesmo período de 2024.
É que o carro ficou caro demais. Hoje, um automóvel de entrada custa uns R$ 80 mil, contra até R$ 20 mil de uma moto básica. Com a renda da população estagnada e os juros altos, a moto virou o veículo possível – e ferramenta de trabalho para milhões de pessoas.
A disparidade de renda e preço reflete-se na geografia das vendas. No Nordeste, a frota triplicou em dez anos e já soma 10,7 milhões de motocicletas. Hoje, 70% das cidades nordestinas têm mais motos do que carros registrados. No Norte, o número passa dos 80%.
Agenda Econômica:
🇩🇪 04h00 – Alemanha/GfK: índice de confiança do consumidor de novembro
🇯🇵 07h05 – Japão: Donald Trump participa de reunião
🇺🇸 11h00 – EUA/Conference Board: índice de confiança do consumidor de outubro
🇧🇷 15h00 – MDIC: Balança comercial semanal
Balanços
📊 EUA/antes da abertura: UnitedHealth
📊 EUA/após o fechamento: Visa
📊 Brasil/após o fechamento: Hypera
️ ️
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,55%, aos 146.969 pontos, com volume negociado de R$16,4 bilhões, abaixo da média.
Maiores altas do Ibovespa
| USIM5 |
+10.53%
|
R$ 5,46
|
| MBRF3 |
+6.45%
|
R$ 16,00
|
| MGLU3 |
+5.45%
|
R$ 8,52
|
| CVCB3 |
+3.91%
|
R$ 1,86
|
| CSNA3 |
+3.36%
|
R$ 8,92
|
Maiores baixas do Ibovespa
| RAIZ4 |
-2.06%
|
R$ 0,95
|
| YDUQ3 |
-1.96%
|
R$ 12,99
|
| KLBN11 |
-1.06%
|
R$ 17,77
|
| HYPE3 |
-0.97%
|
R$ 23,44
|
| COGN3 |
-0.86%
|
R$ 3,45
|
Dólar:
O dólar fechou em baixa de 0,42%, cotado a R$ 5,3706.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,12%, aos 3.582,87 pontos.
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