Esse é o Bom dia ADVFN, 14 de outubro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em baixa, após a China reagir aos EUA com uma nova rodada de políticas comerciais, reavivando temores de escalada nas tensões entre as duas maiores economias do mundo. Pequim impôs sanções a cinco subsidiárias da empresa de construção naval sul-coreana Hanwha Ocean, vinculadas aos EUA, e ameaçou novas retaliações.
Os investidores também acompanham o início da temporada de balanços.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em baixa. Os investidores devem acompanhar nesta semana as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington. O FMI divulgará na terça-feira a nova edição do relatório Perspectivas Econômicas Mundiais, com projeções atualizadas para o crescimento global.
Os encontros reúnem banqueiros centrais, ministros das Finanças e do Desenvolvimento, além de representantes do setor privado, da sociedade civil e da academia.
Os investidores acompanham discursos de várias autoridades do Fed, incluindo Jerome Powell.
China: impôs sanções a cinco subsidiárias da empresa de construção naval sul-coreana Hanwha Ocean, vinculadas aos EUA, e ameaçou novas retaliações, reavivando temores de escalada nas tensões entre as duas maiores economias do mundo.
Na Europa, as bolsas operam em baixa, revertendo o tom positivo do pregão anterior, à medida que temores sobre a relação comercial entre EUA e China voltaram à tona, apesar da recente postura mais apaziguadora do presidente americano, Donald Trump. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,40%, a 564,39 pontos.
A situação das negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo continua incerta, embora Trump tenha dito que poderá se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, ainda este mês, às margens de uma cúpula regional.
As ações da Michelin perdia 8,4% em Paris, após a fabricante francesa de pneus cortar seu guidance para o ano, diante do agravamento das condições de mercado, incluindo o impacto das tarifas do governo Trump, e de uma forte queda nas vendas da América do Norte.
O índice alemão ZEW de expectativas econômicas subiu para 39,3 em outubro, mas ficou abaixo do esperado, enquanto a taxa de desemprego do Reino Unido aumentou para 4,8% nos três meses até agosto, pesando na libra.
Na Ásia, os mercados fecharam com baixa, à medida que cresce as tensões entre EUA e China. As ações da chinesa Wingtech caíram 10% em Xangai, pelo segundo dia seguido, após o governo holandês assumir o controle de sua subsidiária Nexperia.
China: anunciou nesta terça-feira (14) sanções contra cinco subsidiárias americanas da sul-coreana Hanwha Ocean, ampliando o embate comercial com os Estados Unidos e provocando nova rodada de aversão ao risco nos mercados globais.
O Ministério do Comércio chinês afirmou que as empresas “apoiaram atividades investigativas do governo dos EUA que ameaçam a soberania e os interesses de desenvolvimento da China”. As medidas atingem Hanwha Shipping LLC, Hanwha Philly Shipyard Inc., Hanwha Ocean USA International LLC, Hanwha Shipping Holdings LLC e HS USA Holdings Corp.
As ações da Hanwha Ocean recuaram até 8% na Bolsa de Seul, enquanto papéis de construtoras navais chinesas avançaram. Pequim também sinalizou que poderá adotar novas contramedidas, em resposta à investigação conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) sobre o setor marítimo chinês.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 62,12 (-1,86%).
O Brent é negociado a US$ 68,41 (-1,82%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 112.056,02 (-3,18%).
Ouro:
Negociado a US$ 4.137,48 a onça-troy (+0,22%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -2,07%, a 782,00 iuanes (US$ 109,91).
Brasil:
Apagão: Há relatos nas redes sociais de apagões em pelo menos 8 estados durante a madrugada desta terça-feira (14). Foram eles São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Santa Catarina. Em alguns locais, o apagão durou apenas alguns segundos; em outros, a interrupção do fornecimento levou mais tempo para ser reestabelecido.
Governo ameaça corte em emendas: As emendas parlamentares poderão sofrer um corte de R$ 7,1 bilhões no Orçamento de 2026 caso o Congresso Nacional não aprove medidas capazes de compensar a perda de arrecadação provocada pela derrubada da MP dos impostos. O alerta tem sido usado pelo Executivo como instrumento de pressão política para tentar ressuscitar parte do conteúdo da MP derrubada. Parlamentares acusam o governo de chantagem.
Economia:.
✔️ Gol: A companhia aérea Gol vai propor aos acionistas uma reorganização societária que pode culminar com o fechamento do capital da empresa e saída da empresa do nível 2 de governança da B3, segundo fato relevante divulgado pela empresa na noite de segunda-feira, 13.
No documento, o conselho de administração da companhia propõe que a empresa operacional Gol Linhas Aéreas Inteligentes e a Gol Investment Brasil sejam incorporadas pela empresa fechada Gol Linhas Aéreas SA. A assembleia de acionistas foi convocada para aprovar a medida foi convocada para 4 de novembro, segundo o documento.
O objetivo da operação, segundo a empresa é “buscar sinergias e reduzir custos”, de acordo com fato relevante. Para a reorganização ser consumada, uma oferta pública de aquisição (OPA) deverá ser lançada pela Gol Investment Brasil e essa operação não poderá ultrapassar o valor de R$47,25 milhões.
A empresa afirmou ainda que um comitê formado por conselheiros independentes do grupo será criado para negociar os termos da reorganização.
O free-float da Gol após um aumento de capital de R$12 bilhões realizado mais cedo neste ano é de apenas 0,78% e a B3 havia concedido em julho prazo para a empresa se adequar até janeiro de 2027. A Gol Investment Brasil, após o aumento de capital, passou a ser titular de cerca de 99,97% das ações ordinárias da companhia e 99,22% dos papeis preferenciais.
As ações da Gol encerraram o dia cotadas a R$5,08 o lote de 1.000 ações, em alta de 3,7%. A B3, no final de setembro, tinha concedido prazo até 29 de janeiro de 2026 para adequação da cotação unitária das ações ao mínimo de R$1,00 por papel.
✔️ Novas regras de funding imobiliário: Os bancos avaliam com cautela as novas regras do crédito imobiliário com recursos da poupança e temem que, em vez de ampliar as concessões, o modelo desestimule operações de longo prazo. As principais preocupações são o descasamento entre o prazo dos financiamentos — normalmente de 20 a 30 anos — e o limite de cinco a sete anos para uso dos recursos captados, além do teto de 12% ao ano nas operações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). A partir de 2027, as instituições deverão captar no mercado — por exemplo, por meio de LCIs — em vez de depender do direcionamento automático da poupança.
Pelas novas regras, 80% dos recursos destinados ao crédito habitacional devem ser aplicados no SFH, que agora financia imóveis de até R$ 2,25 milhões. O teto de juros, porém, limita a rentabilidade e pode dificultar a gestão financeira dos bancos, que terão recursos baratos por até sete anos, precisando recorrer a captações mais caras para o restante dos contratos. O governo argumenta que o modelo estimula a rotação do crédito, pois o banco precisará realizar novas operações para continuar usando recursos com liberdade.
✔️ Risco de crédito: o mercado financeiro começou a discutir a possibilidade de o Banco Central antecipar o ciclo de cortes na taxa Selic caso a deterioração no mercado de crédito privado se agrave nos próximos meses. Até recentemente, a leitura predominante entre investidores era de que a autoridade monetária só reduziria os juros em 2026, com o início do ciclo previsto para março. Agora, porém, parte dos operadores já começa a precificar a chance de mudanças ainda em 2025.
A discussão ganhou espaço nas mesas de operação ao longo da última sexta-feira e, mesmo incipiente, já se refletiu na precificação dos ativos. Em condições normais, episódios de forte valorização do dólar costumam contaminar o mercado de juros, elevando as taxas de curto prazo — reflexo do risco de pressões inflacionárias adicionais. No entanto, o movimento observado foi o oposto: a taxa do DI com vencimento em janeiro de 2027 recuou de 14,025% para 14,00%, contrariando a lógica tradicional do mercado.
Essa reação indica que parte dos investidores começa a considerar que um evento de crédito mais severo poderia gerar instabilidade financeira suficiente para levar o Banco Central a revisar sua postura e adotar uma política monetária menos restritiva. A leitura é que um aperto mais forte no crédito privado poderia frear a atividade econômica, abrindo espaço para um corte de juros antecipado.
Agenda Econômica:
03h00 – Alemanha/Destatis: CPI de setembro
️ 05h00 – França: AIE divulga relatório mensal de petróleo
06h00 – Alemanha/ZEW: Índice de expectativas econômicas de outubro
09h00 – IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços de agosto
09h00 – IBGE: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro
22h30 – China/NBS: CPI e PPI de setembro
Eventos
09h45 – EUA/Fed: Michelle Bowman participa da reunião anual
13h20 – EUA/Fed: Jerome Powell discursa sobre política monetária
14h00 – EUA/BoE: Andrew Bailey participa de reunião
16h25 – EUA/Fed: Christopher Waller participa da reunião
16h30 – EUA: Susan Collins (Fed/Boston) participa de evento
EUA: Reuniões anuais do FMI e Banco Mundial
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Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,78%, aos 141.783 pontos. O volume negociado somou R$10,4 bilhões, abaixo da média
Maiores altas do Ibovespa
USIM5 |
+6.35%
|
R$ 4,51
|
CSNA3 |
+6.32%
|
R$ 8,41
|
BRKM5 |
+3.99%
|
R$ 6,52
|
BRAV3 |
+3.58%
|
R$ 16,19
|
WEGE3 |
+3.13%
|
R$ 37,84
|
Maiores baixas do Ibovespa
MBRF3 |
-4.16%
|
R$ 15,89
|
PCAR3 |
-3.03%
|
R$ 3,84
|
MGLU3 |
-2.38%
|
R$ 8,60
|
RAIZ4 |
-2.30%
|
R$ 0,85
|
ASAI3 |
-2.07%
|
R$ 8,05
|
Dólar:
O dólar fechou em baixa de 0,79%, cotado a R$ 5,4603.
IFIX:
O índice fechou em queda de 0,21%, aos 3.569,96 pontos.
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