Esse é o Bom dia ADVFN, 07 de outubro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em baixa, após o S&P500 atingir um novo recorde na segunda, impulsionado pelo forte desempenho de ações de tecnologia ligadas à inteligência artificial.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam no campo negativo. O Senado dos EUA rejeitou, em nova votação, a proposta orçamentária que encerraria a paralisação do governo EUA, em votação encerrada na noite desta segunda-feira, 6. O fracasso acontece após o presidente norte-americano, Donald Trump, dizer que “as negociações com os democratas sobre os planos de saúde estão em andamento”. Nem a medida proposta pelo Partido Republicano nem a proposta do Partido Democrata chegaram perto de obter os 60 votos necessários para avançar.
O mercado segue em alta apesar da paralisação do governo dos EUA, que já dura duas semanas e atrasou dados econômicos importantes, como o relatório de empregos. A falta de informações aumenta a incerteza sobre a próxima decisão do Fed, levando os investidores a focar na ata do banco central e nos discursos de autoridades como Michelle Bowman, Stephen Miran e Neel Kashkari.
A temporada de balanços também está começando a ganhar tração, com a divulgação dos números da PepsiCo e da Delta Air Lines, previstos para quinta-feira.
Na Europa, as bolsas operam sem sentido único, enquanto investidores aguardam desdobramentos da crise política na França após a inesperada renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu.
O índice pan-europeu Stoxx 600 se mantinha estável, em 570,24 pontos. Lecornu anunciou ontem que deixaria o cargo, apenas um dia após nomear um novo governo e menos de um mês depois de virar premiê.
O presidente francês, Emmanuel Macron, deu a Lecornu até amanhã (08) para conduzir uma rodada de “discussões finais” com partidos rivais, na tentativa de chegar a um consenso sobre planos orçamentários. Ontem, a Bolsa de Paris caiu mais de 1%, com quedas particularmente significativas de grandes bancos franceses.
Várias ações francesas se recuperam nesta manhã, no entanto, caso da montadora Renault (+2%) e das empresas de artigos de luxo Kering (+5%) e LVMH (+2,2%).
As encomendas à indústria alemã decepcionaram com uma queda mensal de 0,8% em agosto. A previsão de analistas da FactSet era de alta de 1%.
Na Ásia, os mercados fecharam mistos. A Bolsa de Tóquio fechou praticamente estável, mas renovou máxima histórica, enquanto a de Taiwan subiu na com os ganhos de ações de tecnologia em Nova York.
O Nikkei teve alta de 0,01% em Tóquio, a 47.950,88 pontos, mas atingiu patamar recorde pelo terceiro pregão consecutivo. Ontem, o índice japonês saltou quase 5% em reação à escolha da Sanae Takaichi como líder do governista Partido Liberal Democrata (PLD). A expectativa é que Takaichi, que deverá ser a primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro no Japão, relaxe a política fiscal, com aumento de gastos e redução de impostos.
Na volta de um feriado, o Taiex avançou 1,68% em Taiwan, a 27.211,95 pontos, um dia após o Nasdaq avançar a novo recorde em meio ao entusiasmo com as possibilidades da inteligência artificial. Ontem, a OpenAI fechou uma parceria multibilionária com a AMD. Na semana passada, a startup de IA já havia anunciado parcerias com as sul-coreanas Samsung e SK Hynix e com a japonesa Hitachi.
Os mercados da China continental, de Hong Kong e da Coreia do Sul não operaram hoje devido a feriados.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo segundo dia consecutivo, com baixa de 0,27% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.956,80 pontos.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 61,73 (+0,06%).
O Brent é negociado a US$ 65,49 (+0,03%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 123.844,07 (-1,46%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.956,59 a onça-troy (-0,32%).
Minério de ferro:
Os mercados da China continental estão fechados devido ao feriado da “semana dourada”, que se estenderá até o dia 8/10.
Brasil:
Balança comercial: encerrou setembro com superávit de US$ 2,99 bilhões, informou na segunda-feira (6) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Apesar de representar uma queda de 41,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, o resultado superou as expectativas do mercado, que projetava saldo de US$ 2,65 bilhões, segundo levantamento da Reuters.
As exportações somaram US$ 30,53 bilhões no mês, um aumento de 7,2% frente a setembro de 2024. Já as importações cresceram em ritmo mais acelerado, 17,7%, totalizando US$ 27,54 bilhões. O avanço mais forte das compras externas explica a desaceleração do saldo positivo, mesmo com o bom desempenho das vendas ao exterior.
Em meio à revisão de cenários globais, o MDIC revisou para cima a previsão de superávit comercial para 2025, que passou de US$ 50,4 bilhões (estimativa de julho) para US$ 60,9 bilhões. Ainda assim, o novo número representa uma queda de 17,9% em relação ao superávit recorde de US$ 74,2 bilhões registrado em 2024.
O desempenho de setembro foi impulsionado principalmente pelos setores de commodities agrícolas e minerais, mas o aumento das importações reflete a recuperação gradual da demanda doméstica e o câmbio mais estável, que favorece a compra de insumos industriais.
Economia:.
✔️ O Banco Master conseguiu honrar cerca de R$ 200 milhões em CDBs com vencimento na segunda-feira (6), segundo informações apuradas pelo Valor Econômico. O pagamento era acompanhado de perto pelo mercado financeiro, que temia que a instituição não tivesse liquidez suficiente para cumprir seus compromissos, diante da delicada situação financeira vivida pelo banco.
✔️ O Banco do Brasil (BB) tenta superar um dos períodos mais desafiadores de sua história recente. A alta inadimplência no agronegócio, setor historicamente relevante para a instituição, derrubou lucros, forçou revisões de metas e gerou preocupação entre investidores estrangeiros, que cobram sinais de recuperação.
Durante o Investor Day realizado em Nova York, a presidente do BB, Tarciana Medeiros, reconheceu que 2025 ainda será um ano de ajustes, mas projetou uma recuperação consistente a partir de 2026. “Será o ano em que vamos deixar alicerçada a retomada de crescimento para os próximos anos, para retomar o patamar do tamanho do Banco do Brasil”, afirmou em entrevista à Coluna.
O guidance atualizado do banco para 2025 prevê lucro líquido entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões, bem abaixo da projeção original de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões. No primeiro semestre, o resultado foi de R$ 11,2 bilhões, uma queda superior a 40% ante o mesmo período de 2023.
✔️ A Vinci Compass fechou acordo para comprar a Verde Asset Management, que tem R$ 16 bilhões em ativos sob gestão e é comandada por um dos maiores nomes do setor no país: Luis Stuhlberger. Stuhlberger, que se juntará à Vinci como sócio, continuará como CEO e CIO da Verde, “preservando a autonomia diária da equipe e, ao mesmo tempo, se beneficiando da plataforma mais ampla da Vinci Compass”.
✔️ A WEG (WEGE3) anunciou a agenda de divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25). No dia 22 de outubro (quarta-feira) a companhia divulga os resultados, antes da abertura do mercado. No dia 23 de outubro (quinta-feira) será realizada a teleconferência para apresentação dos resultados, em português, com tradução simultânea para o inglês. Horário da teleconferência: 11h – São Paulo (BRT).
Agenda Econômica:
🇧🇷 08h00 – FGV: IGP-DI de setembro
🇧🇷 10h00 – CNI: Indicadores industriais de agosto
🇺🇸 16h00 – EUA/Fed: crédito ao consumidor de agosto
Eventos
🇺🇸 11h00 – EUA: Raphael Bostic (Fed/Atlanta) participa de evento
🇺🇸 11h05 – EUA/Fed: Michelle Bowman participa de conferência
🇺🇸 11h45 – EUA/Fed: Stephen Miran participa de evento
🇺🇸 12h30 – EUA: Neel Kashkari (Fed/Minneapolis) discute em conferência
🇪🇺 13h10 – França/BCE: Christine Lagarde discursa no evento
🇺🇸 17h05 – EUA/Fed: Stephen Miran participa de conferência
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Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 0,41%, aos 143.608 pontos, com volume negociado de R$11,6 bilhões, abaixo da média.
Maiores altas do Ibovespa
CSNA3 |
+6.46%
|
R$ 8,73
|
CMIN3 |
+3.41%
|
R$ 5,77
|
USIM5 |
+3.39%
|
R$ 4,58
|
BRKM5 |
+3.36%
|
R$ 6,76
|
PCAR3 |
+2.08%
|
R$ 3,93
|
Maiores baixas do Ibovespa
RAIZ4 |
-3.96%
|
R$ 0,97
|
NATU3 |
-3.70%
|
R$ 8,59
|
AZZA3 |
-2.75%
|
R$ 26,54
|
CEAB3 |
-2.65%
|
R$ 15,42
|
KLBN11 |
-2.58%
|
R$ 17,78
|
Dólar:
O dólar fechou em queda de 0,46%, cotado a R$5,3102.
IFIX:
O índice fechou em queda de 0,06%, aos 3.582,82 pontos.
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