Após rumores de que bancos credores poderiam assumir o controle da petroquímica ao lado da Petrobras, a Braskem informou não ter conhecimento sobre o caso. Novonor e estatal negam negociações e reforçam transparência ao mercado.

A Braskem S.A. (BOV:BRKM5) informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que não tem conhecimento sobre as informações veiculadas pelo jornal O Estado de São Paulo, que mencionavam uma possível “assunção hostil” de controle da petroquímica por parte de seus bancos credores, ao lado da Petrobras (BOV:PETR4). A companhia destacou que solicitou esclarecimentos formais a seus acionistas — Novonor e Petrobras — sobre o caso.

Em nota, a Novonor, antiga Odebrecht, afirmou ter recebido “com surpresa qualquer menção a uma assunção hostil do controle da Braskem ao lado da Petrobras”. A holding ressaltou que, até o momento, não houve qualquer evolução material nas discussões envolvendo sua participação indireta na Braskem.

Já a Petrobras, em comunicado separado, reforçou que não participa das negociações entre Novonor, bancos e o fundo IG4 Capital. A estatal destacou ainda que “não há decisão tomada em relação à sua participação na Braskem” e que segue estudando alternativas para o futuro de sua posição acionária.

A notícia do Estadão indicava que bancos credores da Novonor poderiam se tornar acionistas da Braskem nos próximos 60 dias, ao lado da Petrobras, mesmo sem consenso com a controladora, usando ações dadas em garantia de empréstimos. O movimento seria interpretado pelo mercado como uma possível tentativa de mudança no comando da petroquímica.

O episódio reacende o debate sobre o futuro da estrutura acionária da Braskem, que segue em discussão há meses, em meio à complexidade das dívidas da Novonor e à busca da Petrobras por uma estratégia de desinvestimento responsável.

As ações preferenciais da Braskem (BRKM5) encerraram o pregão de terça-feira (07/10) cotadas a R$ 6,71, estáveis em relação ao dia anterior. Ao longo das últimas 52 semanas, os papéis acumularam forte desvalorização, saindo de R$ 20,63 no topo para os atuais níveis, refletindo a incerteza sobre o futuro societário da companhia.

A Braskem é uma das maiores petroquímicas da América Latina, atuando na produção de resinas termoplásticas e químicos básicos utilizados em diversas cadeias industriais. Entre seus principais concorrentes no setor estão empresas como Unigel, Dow e BASF.

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