As exportações de carne bovina do Brasil registraram um avanço expressivo em setembro, impulsionadas principalmente pela forte demanda da China, maior compradora do produto brasileiro. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (08/10) pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), os embarques para o país asiático saltaram 38,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando 187,34 mil toneladas. O desempenho chinês ajudou o Brasil a alcançar recorde histórico de exportações mensais.

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Os números oficiais do governo, compilados pela Abrafrigo, confirmam reportagem da Reuters que antecipava dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), mostrando que o volume exportado de carne bovina atingiu novo patamar recorde em setembro. De acordo com a entidade, o Brasil tem expandido suas vendas para mercados novos e tradicionais, beneficiando-se de um rearranjo global nas rotas comerciais diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos.

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A Abrafrigo destacou que “os números mostram que a China tem garantido mais produto no mercado brasileiro em meio a uma ‘guerra tarifária’ com os EUA”. O movimento reforça a estratégia do país asiático de diversificar fornecedores e reduzir a dependência de produtos norte-americanos.

Além da carne bovina, o Brasil também vem se beneficiando no mercado de soja, com exportações recordes, já que compradores chineses têm evitado adquirir a oleaginosa norte-americana. “A demanda global pela carne do Brasil tem ajudado o país a contornar tarifas dos EUA impostas às importações do produto brasileiro”, observou a Abrafrigo.

O aumento das exportações de carne bovina tende a beneficiar as ações de frigoríficos listados na B3, como JBS, Marfrig  e Minerva, cujos resultados operacionais são fortemente influenciados pelo desempenho das vendas externas. A expectativa é de que o cenário de alta demanda chinesa e preços competitivos do produto brasileiro mantenham o ritmo positivo nos próximos meses.

Mesmo sem cotação anexada, o avanço recorde das exportações reflete um momento de otimismo para o agronegócio brasileiro, que segue ampliando sua presença global e se consolidando como um dos pilares do superávit comercial do país.

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