O dólar à vista (FX:USDBRL) voltou a acelerar nesta sexta-feira (10/10), atingindo a máxima de R$ 5,4907 no mercado à vista, em meio ao aumento da percepção de risco fiscal e à falta de sinalizações concretas do governo sobre medidas para conter gastos públicos. Segundo operadores, o movimento reflete a busca crescente dos investidores por proteção cambial diante das incertezas internas.

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A pressão sobre o real também foi intensificada pela queda do petróleo Brent (CCOM:OILBRENT), que influencia diretamente as expectativas sobre o desempenho da economia brasileira e as contas externas. O recuo da commodity afeta as moedas de países exportadores de matérias-primas e reforça o fortalecimento global do dólar.

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A combinação entre o ruído fiscal e o enfraquecimento das commodities tende a manter o dólar em patamar elevado no curto prazo, enquanto o mercado avalia possíveis mudanças nas expectativas de juros e inflação. Analistas apontam que, sem ajustes nas contas públicas, o real deve continuar sob pressão, com o dólar podendo oscilar entre R$ 5,45 e R$ 5,55.

No cenário atual, a valorização do dólar reforça o movimento de cautela entre investidores da bolsa de valores (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT), que veem o avanço da moeda norte-americana como um fator de pressão sobre o apetite por risco. O comportamento do câmbio também influencia os juros futuros (BMF:DI1FUT), que tendem a subir diante do aumento da percepção de risco fiscal.

Mesmo após tocar R$ 5,49, o dólar (FX:USDBRL) segue operando com volatilidade, refletindo um ambiente de aversão ao risco. A cotação elevada reforça a sensibilidade do mercado às incertezas fiscais e à instabilidade das commodities — fatores que continuarão ditando o ritmo dos ativos locais nas próximas sessões.

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