Operação com o Grupo J&F movimenta R$ 703,5 milhões, marca fim do desinvestimento em térmicas e reforça compromisso da Eletrobras com Net Zero até 2030

A Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET6) anunciou nesta quinta-feira (10/10) a conclusão da venda da usina termelétrica movida a gás natural Santa Cruz, no Rio de Janeiro, ao Grupo J&F, sucessor da Âmbar Energia. A operação movimentou R$ 703,5 milhões e representa a última unidade de um pacote de 13 térmicas, consolidando a transição da companhia para um portfólio de geração exclusivamente renovável.

O movimento faz parte da estratégia da Eletrobras de simplificar sua estrutura e focar na geração limpa, alinhando-se à meta de ser Net Zero até 2030, reduzindo significativamente as emissões de gases causadores do efeito estufa. Ao longo do processo de desinvestimento, a companhia já havia vendido outras 12 térmicas localizadas no Amazonas, totalizando R$ 3,6 bilhões.

Além do valor da venda, a Eletrobras mantém direito ao recebimento do earn-out, pagamento adicional atrelado ao desempenho futuro do negócio, com valor base de R$ 1,2 bilhão, além de receber o caixa gerado entre a assinatura e o fechamento do acordo.

A empresa destacou que a conclusão da operação foi possível graças à reestruturação de suas subsidiárias, separando os ativos para venda e garantindo que o comprador não assumisse passivos da antiga controlada Eletronorte. Paralelamente, a Aneel aprovou recentemente a transferência de controle da Amazonas Energia para a Âmbar, reforçando a estratégia do grupo J&F de integrar geração e distribuição na Região Norte.

No mercado, as ações ELET3 fecharam praticamente estáveis em R$ 52,02, com leve alta de 0,02% em relação ao preço de fechamento anterior, enquanto a faixa do dia variou entre R$ 51,70 e R$ 52,33. Investidores acompanham a operação como passo importante na estratégia da companhia de concentrar investimentos em fontes renováveis.

A Eletrobras é a principal companhia de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil, atuando em diversos segmentos do setor elétrico. A empresa concorre com outras grandes geradoras como Engie (ENGI3) e Neoenergia (NEOE3), e possui forte presença em geração hidrelétrica e renovável, além de manter uma transição estratégica de térmicas para energias limpas.

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