Nesta quarta-feira (29/10), os Estados Unidos divulgaram uma série de indicadores econômicos chave: às 08:00, juros de hipotecas de 30 anos MBA, pedidos de hipotecas MBA, índice de compras MBA, índice do mercado hipotecário e pedidos de refinanciamento hipotecário. Às 09:30, balança comercial de bens, nível de estoques do varejo excluindo automóveis e estoques no atacado. Às 11:00, venda de casas novas, vendas de casas novas mensal, vendas pendentes de moradias mensal e vendas pendentes de moradias. Às 11:30, estoques de petróleo bruto, atividade das refinarias de petróleo pela EIA, importações de petróleo bruto, estoques de petróleo em Cushing, produção de combustível destilado, relatório semanal EIA de estoques de destilados, produção de gasolina, estoques de óleo para aquecimento, EIA – taxas semanais de utilização de refinarias e estoques de gasolina. Já às 15:00, declaração do FOMC e taxa-alvo de fundos Fed.
Os resultados foram mistos em relação às estimativas do mercado, com alguns superando expectativas no setor imobiliário e de energia, mas outros decepcionando na balança comercial e vendas de casas. Os principais índices da bolsa de valores norte-americana reagiram de forma mista: o Dow Jones (DOWI:DJI) negativamente com queda de 0,2%, o S&P 500 (SPI:SP500) negativamente com leve recuo, e o Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX) positivamente com alta de 0,6%, impulsionado por tecnologia após o corte de juros do Fed.
Juros de Hipotecas de 30 Anos MBA
Os juros de hipotecas de 30 anos MBA (semanal) caíram para 6,30%, abaixo da projeção de 6,37%, em comparação com o nível anterior mais elevado devido a expectativas de cortes de juros. Esse declínio sinaliza alívio no custo de financiamento imobiliário, o que costuma impulsionar positivamente o setor de construção e financeiro na bolsa de valores norte-americana, enquanto fortalece o dólar (FX:USDBRL) no câmbio ao reduzir pressões inflacionárias; nos títulos do Tesouro, os rendimentos tendem a cair, atraindo investidores para Treasuries de longo prazo.
Pedidos de Hipotecas MBA
Os pedidos de hipotecas MBA (semanal) cresceram 7,1%, superando a projeção de -0,3% e revertendo o declínio anterior. Esse aumento reflete maior apetite por crédito imobiliário em meio a juros mais baixos. Mercados de ações no setor imobiliário, como construtoras, reagem bem a esses dados, elevando índices como o S&P 500 (SPI:SP500); no câmbio, o dólar pode se apreciar com confiança econômica; e nos títulos, os Treasuries veem demanda crescente por ativos relacionados a hipotecas.
Índice de Compras MBA
O índice de compras MBA subiu para 164,3, acima da projeção de 157,3, marcando melhora em relação ao anterior. Isso indica otimismo no mercado de moradias, impulsionando ações de bancos e corretores na bolsa de valores norte-americana. Um índice mais alto geralmente valoriza o dólar (FX:USDBRL) no curto prazo e pressiona rendimentos dos Treasuries para cima, refletindo expectativas de crescimento sustentável.
Índice do Mercado Hipotecário
O índice do mercado hipotecário avançou para 338,7, superando a projeção de 316,2 e o anterior, sinalizando robustez no setor de crédito habitacional. A bolsa de valores reage positivamente com ganhos em finanças e imóveis, enquanto o câmbio vê o dólar mais forte; títulos como Treasuries podem experimentar volatilidade, com yields ajustando para cenários de maior liquidez.
Pedidos de Refinanciamento Hipotecário
Os pedidos de refinanciamento hipotecário cresceram para 1.327,8, acima da projeção de 1.214,7, indicando refinanciamentos acelerados por juros em queda. Isso beneficia ações de instituições financeiras na bolsa de valores, fortalece o dólar no câmbio e reduz yields dos Treasuries ao aumentar a demanda por hipotecas-backed securities.
Balança Comercial de Bens
A balança comercial de bens (setembro) registrou déficit de -90,00 bilhões de dólares, pior que a projeção de -85,50 bilhões e ampliando o rombo anterior. Um déficit maior pressiona negativamente a bolsa de valores norte-americana, especialmente exportadoras, enfraquece o dólar (FX:USDBRL) no câmbio e eleva yields dos Treasuries por preocupações com sustentabilidade fiscal.
Nível de Estoques do Varejo Excluindo Automóveis
O nível de estoques do varejo excluindo automóveis (setembro) subiu 0,3%, acima da projeção de 0,1%, melhor que o anterior. Estoques maiores sinalizam demanda futura, impulsionando ações de varejo na bolsa de valores; o dólar tende a se valorizar no câmbio, e Treasuries veem yields estáveis ou em baixa com otimismo econômico.
Estoques no Atacado
Os estoques no atacado (setembro) caíram -0,2%, abaixo da projeção de 0,1% e revertendo o ganho anterior. Redução de estoques pode alertar para desaceleração, pressionando negativamente o S&P 500 (SPI:SP500) e o Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX); no câmbio, o dólar enfraquece, e yields dos Treasuries sobem com receio de recessão.
Venda de Casas Novas
A venda de casas novas (setembro) foi de 710 mil unidades, abaixo da projeção de 800 mil, pior que o anterior. Vendas fracas impactam negativamente o setor imobiliário na bolsa de valores norte-americana, depreciam o dólar no câmbio e elevam yields dos Treasuries por menor confiança no consumo.
Vendas de Casas Novas Mensal
As vendas de casas novas mensal (setembro) cresceram 20,5%, sem projeção específica, mas revertendo tendências negativas anteriores. Esse salto impulsiona ações de construção, apoia o dólar (FX:USDBRL) e reduz yields dos Treasuries com sinal de recuperação habitacional.
Vendas Pendentes de Moradias Mensal
As vendas pendentes de moradias mensal (setembro) ficaram em 0,0%, abaixo da projeção de 1,6% e do anterior 4,2%. Estagnação pressiona o setor imobiliário na bolsa de valores, enfraquece o dólar no câmbio e aumenta yields dos Treasuries por preocupações com o mercado de moradias.
Vendas Pendentes de Moradias
As vendas pendentes de moradias (setembro) mantiveram-se em 74,87, em linha com a projeção e o anterior. Resultado neutro mantém estabilidade na bolsa de valores norte-americana, com impacto mínimo no câmbio e yields dos Treasuries.
Estoques de Petróleo Bruto
Os estoques de petróleo bruto caíram -0,900 milhão de barris, ligeiramente acima da projeção de -0,961 milhão, melhor que o esperado em relação ao anterior. Quedas em estoques impulsionam preços do petróleo (CCOM:OILBRENT), beneficiando ações de energia no Dow Jones (DOWI:DJI); o dólar pode se fortalecer no câmbio, e Treasuries veem yields estáveis.
Atividade das Refinarias de Petróleo pela EIA
A atividade das refinarias de petróleo pela EIA (semanal) subiu 0,600 milhão de barris, sem projeção, indicando maior processamento. Isso apoia ações de energia na bolsa de valores, valoriza o dólar e mantém yields dos Treasuries neutros.
Importações de Petróleo Bruto
As importações de petróleo bruto cresceram 0,656 milhão de barris, sem projeção, refletindo demanda maior. Impacto positivo em energia na bolsa de valores norte-americana, com dólar mais forte no câmbio e yields estáveis.
Estoques de Petróleo em Cushing
Os estoques de petróleo em Cushing caíram -0,770 milhão de barris, sem projeção, sinalizando suprimento apertado. Beneficia ações de óleo no S&P 500 (SPI:SP500), apoia o dólar e reduz yields dos Treasuries.
Produção de Combustível Destilado
A produção de combustível destilado subiu 0,040 milhão de barris, sem projeção. Aumento impulsiona setor energético na bolsa de valores, fortalece o dólar no câmbio e estabiliza Treasuries.
Relatório Semanal EIA de Estoques de Destilados
O relatório semanal EIA de estoques de destilados caiu -1,800 milhão de barris, abaixo da projeção de -1,479 milhão, mas positivo em relação ao anterior. Queda apoia preços de combustível, elevando ações de energia no Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX); dólar ganha no câmbio, yields neutros.
Produção de Gasolina
A produção de gasolina cresceu 0,235 milhão de barris, sem projeção. Beneficia refinarias na bolsa de valores, valoriza o dólar e mantém Treasuries estáveis.
Estoques de Óleo para Aquecimento
Os estoques de óleo para aquecimento subiram 0,088 milhão de barris, sem projeção. Impacto mínimo, mas leve pressão em energia na bolsa de valores; câmbio e títulos neutros.
EIA – Taxas Semanais de Utilização de Refinarias
As taxas semanais de utilização de refinarias pela EIA subiram 2,9%, sem projeção. Maior utilização impulsiona ações de óleo, fortalece o dólar e estabiliza yields.
Estoques de Gasolina
Os estoques de gasolina caíram -1,900 milhão de barris, acima da projeção de -2,147 milhão, positivo. Queda eleva preços de gasolina, beneficiando energia na bolsa de valores norte-americana; dólar mais forte, Treasuries neutros.
Declaração do FOMC e Taxa-Alvo de Fundos Fed A declaração do FOMC às 15:00 manteve a taxa-alvo de fundos Fed em 4,00% a 4,25%, em linha com projeções, após corte de 0,25 pp. Decisões dovish impulsionam bolsa de valores com otimismo, enfraquecem o dólar no câmbio e reduzem yields dos Treasuries; coletiva de Powell às 15:30 adicionou volatilidade com sinal de cautela.
Reação do Mercado
O Dow Jones (DOWI:DJI) fechou em queda de 0,2%, o S&P 500 (SPI:SP500) com leve recuo e o Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX) em alta de 0,6% a um recorde, impulsionados pelo corte do Fed e tech, apesar de decepções na balança comercial e vendas de casas novas, que geram volatilidade no setor imobiliário. O dólar (FX:USDBRL) enfraqueceu ligeiramente, refletindo o tom dovish do FOMC, enquanto yields do Tesouro de 10 anos subiram para 4,06% com incertezas de Powell.
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