Acordo com a Administração do Programa de Aquisição de Defesa da Coreia do Sul visa cooperação mútua e novos projetos no setor de defesa; ação EMBR3 fechou a R$81,49 após anúncio
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A Embraer SA (BOV:EMBR3) assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA) da Coreia do Sul para ampliar a cooperação em novos negócios e explorar oportunidades estratégicas no mercado de defesa sul-coreano. O acordo foi firmado pelo Brigadeiro do Ar Kang Joong-hee, diretor da Divisão de Negócios de Aeronaves da DAPA, e Bosco da Costa Jr., presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.
O MoU sinaliza uma mudança no relacionamento entre Brasil e Coreia do Sul, que passa de transações comerciais pontuais para um modelo de cooperação estratégica em defesa. A medida reforça a posição da Embraer como referência global em soluções de aviação militar e fortalece sua presença no competitivo mercado asiático.
Em 2023, a DAPA selecionou o C-390 Millennium da Embraer em licitação pública de Aeronaves de Transporte de Grande Porte para a Força Aérea da República da Coreia (ROKAF). Além disso, no mês passado, a Embraer e a Agência de Promoção de Comércio e Investimento da Coreia (KOTRA) realizaram demonstrações em Sacheon e Busan, envolvendo visitas e seminários para identificar áreas de colaboração com empresas locais.
Bosco da Costa Jr. destacou que o MoU “abre caminho para novas oportunidades de desenvolvimento conjunto e fortalece a presença da Embraer em mercados estratégicos de defesa internacional.” O Brigadeiro Kang ressaltou que a parceria transforma a relação bilateral em um modelo de cooperação mútua.
No pregão desta segunda-feira (20/10), a ação EMBR3 fechou em R$81,49, estável em relação à véspera, com máxima intradia de R$82,00 e mínima de R$81,49, negociando 126.500 papéis. Analistas apontam que o mercado deve reagir positivamente nos próximos dias, diante do potencial de expansão da Embraer no setor de defesa internacional.
A Embraer SA é uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, atuando nos segmentos de aviação comercial, executiva e defesa. Entre seus concorrentes estão a Boeing (NYSE:BA) e a Lockheed Martin (NYSE:LMT). No setor de defesa, destaca-se pelo desenvolvimento de aeronaves militares e soluções integradas para forças armadas globais.
VISÃO DO MERCADO
As ações da Embraer registram valorização nesta terça-feira, após a fabricante de aeronaves anunciar um crescimento de quase 40% em sua carteira de pedidos no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando um recorde de US$ 31,3 bilhões. Por volta das 11h16, os papéis subiam 1,02%, negociados a R$ 82,32.
O JPMorgan destacou que o desempenho do segmento de aviação comercial foi impulsionado por pedidos da Avelo e da Latam, que juntas somam 74 aeronaves. “Embora o mercado já acompanhasse a expansão da carteira, a Embraer atingiu um novo patamar recorde”, afirmou a instituição. O banco ainda observou que, considerando o recente pedido de US$ 1,8 bilhão da TrueNoord, a carteira poderia chegar a US$ 33,7 bilhões.
Para a XP, os números confirmam o bom momento de novos pedidos, com destaque para o crescimento na aviação comercial. A corretora ressalta que os anúncios refletem o sucesso das campanhas de vendas da Embraer e que há espaço para novos anúncios até o fim do ano. “A sazonalidade se mantém, com concentração de entregas esperada no quarto trimestre, especialmente na Aviação Comercial, para cumprir a projeção fiscal de 2025”, acrescenta.
Expansão na defesa com a Coreia do Sul
A Embraer assinou um Memorando de Entendimento com a Administração do Programa de Aquisição de Defesa da Coreia do Sul (DAPA) para ampliar a cooperação estratégica. O acordo busca expandir iniciativas conjuntas de defesa, integrar empresas coreanas à cadeia global de suprimentos da Embraer e apoiar o crescimento das exportações.
O Bradesco BBI vê a parceria como positiva, reforçando o posicionamento da Embraer no mercado de defesa asiático, fortalecendo a projeção internacional do C-390 e criando novas oportunidades de colaboração industrial com fornecedores coreanos.