Entre tantos papéis em baixa na B3, o setor de energia e infraestrutura desponta como um dos que mais podem se beneficiar de mudanças na política monetária e de investimentos públicos. Neoenergia S.A. (BOV:NEOE3) está em tendência de baixa no curto prazo, negociada abaixo de R$ 26,55, com suportes em R$ 22,54 e R$ 24,54, e resistências em R$ 27,17 e R$ 31,17. O IFR sobrevendido alerta para potenciais recuperações caso a cotação volte a superar R$ 27,17.
Quando olhamos para outras empresas de setores defensivos, observamos padrões técnicos parecidos. Porto Seguro S.A. (PSSA3), por exemplo, também está em tendência de baixa abaixo de R$ 45,42, com suportes próximos de R$ 38,40. Já Energisa S.A. (BOV:ENGI11), não listada no trecho original, mas relevante como par do setor) tem apresentado resiliência relativa frente a setores mais cíclicos.
O diferencial de NEOE3 é que, mesmo em baixa, o ativo opera próximo de suportes históricos relevantes — o que amplia o potencial de reação técnica em cenários mais benignos. Além disso, utilities costumam ser procuradas como porto seguro em momentos de volatilidade macro, com fluxo comprador reaparecendo rapidamente após correções.
O ambiente de juros no Brasil deve ser um fator determinante. Com a expectativa de continuidade da flexibilização monetária, setores intensivos em capital — como energia e infraestrutura — tendem a ganhar atratividade, tanto pela melhora nos fundamentos quanto pela migração de investidores em busca de previsibilidade.
Comparando com setores mais voláteis, como tecnologia ou varejo, a curva de preços de NEOE3 parece menos abrupta, o que pode agradar investidores que buscam exposição defensiva com desconto. Enquanto papéis como Locaweb ON (BOV:LWSA3) ou Magazine Luiza ON (BOV:MGLU3) dependem fortemente de retomada do consumo, empresas como Neoenergia se beneficiam de receitas mais estáveis.
Além disso, os níveis de suporte próximos funcionam como “colchão” para quem busca entradas mais técnicas, com melhor relação risco-retorno. Rompimentos acima de R$ 27,17 poderiam indicar início de um novo ciclo de alta de curto prazo.
Vale destacar que movimentos parecidos já ocorreram em ciclos anteriores: utilities recuam menos nas correções e são as primeiras a apresentar reação consistente. Se o cenário macro confirmar a transição para juros mais baixos, NEOE3 pode ganhar tração mais rapidamente do que setores mais sensíveis à confiança do consumidor.
Para complementar a análise, papéis como Porto Seguro ON (BOV:PSSA3) e Eletrobras (BOV:ELET3) | (BOV:ELET6) podem servir de comparação para avaliar a solidez da reação setorial. Em todos os casos, entradas próximas a suportes técnicos aumentam a margem de segurança do investidor.
Olhando o quadro geral, o setor de energia e defesa se apresenta como uma das principais oportunidades assimétricas da B3 no curto e médio prazo, especialmente em cenários de retomada de apetite por risco moderado. NEOE3 está no centro desse radar.
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