Enquanto o Bitcoin rouba os holofotes com uma queda abrupta, o Ethereum (COIN:ETHUSD) enfrenta seu próprio teste de resistência. Nesta sexta-feira, 17 de outubro de 2025, a segunda maior criptomoeda do mundo segue pressionada, refletindo o cenário de aversão global a risco e o impacto direto da liquidação de derivativos no mercado cripto.
O Ethereum perdeu tração após o vencimento de um grande volume de opções de ETH, um evento que costuma gerar ondas de volatilidade. O preço do ativo recuou para a faixa de US$ 3.820, acumulando desvalorização semanal de mais de 8%. No Brasil, o ETF ETHE11 (BOV:ETHE11), que espelha a cotação internacional, caiu 2,13% no pregão, somando perdas de 10% no mês de outubro.
Apesar da pressão de curto prazo, a rede Ethereum continua a exibir sinais de força estrutural. Segundo dados do GitHub, mais de 16 mil novos desenvolvedores se juntaram ao ecossistema da blockchain entre janeiro e setembro, mantendo o Ethereum como líder absoluto em inovação no setor de finanças descentralizadas (DeFi).
Paralelamente, a Uniswap — principal exchange descentralizada baseada em Ethereum — anunciou integração com a rede Solana, ampliando a interoperabilidade e fortalecendo a liquidez cruzada entre os dois ecossistemas. A novidade é vista como um passo estratégico rumo à unificação de protocolos em diferentes blockchains.
O mercado, no entanto, ainda enfrenta um ambiente de liquidez reduzida. Analistas destacam que, com o aumento das posições vendidas e a queda nas taxas de financiamento, o risco de novas correções não está descartado. A faixa de US$ 3.700 é apontada como suporte técnico importante.
Outro ponto de atenção é o fluxo de saques da rede. Foram retirados cerca de US$ 65 milhões em stablecoins (USDC) do Ethereum em poucas horas, sinalizando cautela dos grandes investidores institucionais. Esses movimentos costumam antecipar períodos de consolidação ou novas quedas.
No cenário macro, a aversão global a risco foi intensificada por temores de crise de crédito nos EUA e pelas incertezas sobre tarifas comerciais. Esses fatores reforçaram a fuga de capital de ativos considerados arriscados, como criptoativos, ações de tecnologia e commodities.
Mesmo com o pessimismo predominante, figuras de peso do mercado seguem apostando no longo prazo do Ethereum. O fundador da Huobi, Li Lin, anunciou um fundo de US$ 1 bilhão destinado à acumulação estratégica de Ether — uma sinalização de que os grandes players ainda acreditam no potencial da rede.
Para analistas do Standard Chartered, o preço do ETH pode voltar a subir nos próximos trimestres, embora as projeções anteriores de US$ 10 mil tenham sido revisadas para um patamar mais conservador de US$ 4 mil até o fim de 2025.
Em meio à tempestade, o Ethereum mostra que sua base de desenvolvimento e inovação segue sólida — um sinal de que o ecossistema pode resistir melhor que o preço sugere no curto prazo.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.