O Tesouro dos Estados Unidos realizou nesta segunda-feira (27/10) um leilão de US$ 73 bilhões em notas de 2 anos, que chamou atenção pelo rendimento elevado de 3,504%. Todas as ofertas com rendimentos mais baixos foram aceitas integralmente, o que indica um mercado receptivo à dívida curta do governo norte-americano.
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O evento despertou forte interesse entre investidores, refletido na relação de lance/cobertura de 2,59 — um sinal claro de apetite robusto pelos papéis. O rendimento mediano ficou em 3,453% e o mais baixo em 3,400%, enquanto 22,26% das ofertas competitivas foram alocadas ao rendimento mais alto.
Do total vendido, os licitantes indiretos — geralmente estrangeiros — ficaram com US$ 36,7 bilhões; os licitantes diretos levaram US$ 23,8 bilhões; e os negociadores primários, que garantem a liquidez do mercado, adquiriram US$ 7,9 bilhões.
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O resultado reforça a percepção de que os investidores continuam buscando segurança nos títulos norte-americanos, mesmo com expectativas divergentes sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve. Um rendimento mais alto nas notas de 2 anos pode indicar cautela quanto aos cortes de juros, além de influenciar o comportamento dos contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) e o câmbio Dólar/Real (FX:USDBRL).
Com o rendimento dos títulos curtos permanecendo em patamar elevado, o movimento tende a sustentar a força do Dólar (CCOM:DXY) no mercado internacional e a pressionar os ativos de risco, inclusive as ações do índice S&P 500 (SPI:SP500). O leilão reforça o papel dos Treasuries como termômetro da confiança dos investidores na economia dos Estados Unidos.
Mesmo sem uma cotação anexa, o resultado do leilão ganha relevância no atual contexto de expectativa global em torno das próximas decisões do Fed, que seguem influenciando diretamente a trajetória dos rendimentos soberanos e do câmbio internacional.
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