Os indicadores de financiamento alavancado dos Estados Unidos continuam sob controle, segundo relatório da Fitch Ratings divulgado na segunda-feira (20/10), que não apontou sinais de bolha de mercado. A agência, no entanto, destacou que o cenário de oferta limitada de crédito e o forte ritmo de formação de obrigações de empréstimos colateralizados (CLO) criam condições que poderiam favorecer um superaquecimento.
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“As recentes condições de mercado permitiram que os emissores ajustassem seus vencimentos e reduzissem seus spreads, resultando em compressão de spreads para emissores com classificações ‘BB’ e ‘B’”, afirmou o documento da Fitch. O relatório também observou que os mercados de ações públicos subiram mais de 30% desde abril de 2025, mas “os mercados financeiros alavancados têm se mostrado mais contidos”.
A agência ainda destacou que os múltiplos de compra de aquisição alavancada (LBO) atingiram pouco mais de 8 vezes no segundo trimestre de 2025, ante 12 vezes no mesmo período do ano anterior — uma retração que reforça o cenário de moderação no crédito corporativo.
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Para o mercado de capitais, o resultado indica uma dinâmica saudável entre o apetite por risco e a prudência dos investidores institucionais. A ausência de sinais de euforia excessiva pode ajudar a sustentar a estabilidade dos rendimentos dos títulos corporativos e reduzir a volatilidade dos contratos futuros de juros, como o contrato futuro de juros (BMF:DI1FUT).
No contexto atual, em que os índices norte-americanos Dow Jones (DOWI:DJI) e S&P 500 (SPI:SP500) acumulam fortes altas, o diagnóstico da Fitch reforça a percepção de que o avanço das ações não está sendo acompanhado por uma escalada descontrolada do crédito. Isso tende a manter a confiança dos investidores em um ciclo de valorização mais equilibrado, evitando riscos de correção brusca na bolsa de valores norte-americana.
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