O Brasil registrou em setembro fluxo cambial negativo de US$ 223 milhões, conforme dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (08/10) pelo Banco Central (BC). O resultado representa uma desaceleração na saída líquida de divisas em relação a agosto, quando o déficit havia alcançado US$ 2,308 bilhões, mas ainda reflete o impacto da redução de entradas no canal financeiro.

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Segundo o BC, o canal financeiro apresentou saída líquida de US$ 780 milhões, resultado de compras de US$ 56,450 bilhões e vendas de US$ 57,230 bilhões. Esse segmento abrange as operações mais sensíveis ao comportamento dos investidores internacionais, incluindo investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucros e pagamentos de juros.

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Já no comércio exterior, o saldo foi positivo em US$ 557 milhões, com importações de US$ 22,258 bilhões e exportações de US$ 22,815 bilhões. Dentro das exportações, destacam-se US$ 2,764 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 5,654 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 14,397 bilhões em outras entradas.

O resultado de setembro indica um movimento de cautela no mercado financeiro internacional, com menor fluxo de capitais estrangeiros para o Brasil em meio à volatilidade global e às incertezas sobre as perspectivas fiscais do país. A leve melhora no saldo, em comparação a agosto, sugere estabilidade parcial, mas sem um sinal claro de retomada consistente de entradas externas.

Esse cenário tende a influenciar o comportamento da paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL), já que a menor entrada de divisas costuma exercer pressão sobre a taxa de câmbio, podendo levar a uma valorização do dólar frente ao real. Nas últimas sessões, o câmbio tem oscilado em meio à expectativa por novos dados econômicos e às decisões de política monetária do Banco Central.

 

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