Nesta quinta-feira (30/10), foram divulgados três indicadores para a economia da Itália: o PIB trimestral às 06h00, o PIB anual também às 06h00 e as vendas da indústria mensal e anual às 08h00. Os resultados ficaram no geral piores do que as estimativas do mercado. O principal índice da bolsa de valores italiana, o FTSE MIB, reagiu negativamente, registrando queda de 0,20% ao fechar em 43.173,74 pontos.
O crescimento do Produto Interno Bruto no terceiro trimestre de 2025 registrou 0,0% na variação trimestral, abaixo da Projeção de alta de 0,1% e do resultado Anterior de –0,1%. Na base anual, o PIB cresceu 0,4%, também abaixo da Projeção de 0,6% e aquém do resultado Anterior de 0,4%. Esse dado revela que a economia italiana evitou tecnicamente uma recessão, mas a estagnação permanece como pedra no caminho da retomada concreta.
As vendas mensais da indústria caíram –0,70% em agosto, frente a Projeção de +0,40%. Na base anual, o recuo foi de –0,10%, sem Projeção divulgada para comparação direta. Uma contração no setor industrial geralmente acende o alerta: empresas reduzindo produção, estoques subindo, menor demanda doméstica ou externa — cenários que afetam diretamente as ações de empresas industriais, câmbio (euro) e os rendimentos dos títulos.
O recuo das vendas industriais somado à estagnação do PIB respondeu por um humor negativo no mercado: o FTSE MIB (BITI:FTSEMIB) fechou com queda de 0,20%. O euro (FX:EURUSD) também recuou para cerca de 1,1563, refletindo o nervosismo com a fraqueza econômica e os riscos fiscais da Itália, mesmo diante de sinais de resistência da economia. Investidores parecem ter optado por cautela: os números até evitam a recessão formal, mas não inspiram confiança em retomada firme.