A indústria de fundos de investimento registrou captação líquida de R$ 20,1 bilhões em setembro, segundo dados da Anbima. O resultado foi fortemente impulsionado pelos fundos de renda fixa, que somaram entradas de R$ 42,9 bilhões, marcando o segundo melhor desempenho mensal de 2025, atrás apenas de janeiro, quando captaram R$ 46,5 bilhões.
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No acumulado do ano até setembro, a indústria mantém saldo positivo de R$ 110,9 bilhões, após ter encerrado 2024 com captação de R$ 301,9 bilhões. Esse avanço recente contrasta com os resultados negativos de 2022 e 2023, quando os fundos registraram saídas líquidas de R$ 9,2 bilhões e R$ 67,9 bilhões, respectivamente.
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Dentro da renda fixa, o tipo Duração Livre Crédito Livre liderou as captações em setembro, com R$ 28 bilhões, e acumula R$ 109,9 bilhões no ano. Já o Duração Baixa Soberano teve entrada líquida de R$ 20 bilhões no mês e soma R$ 42,2 bilhões em 2025.
Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e os fundos multimercados apresentaram resgates de R$ 7,8 bilhões e R$ 5,4 bilhões, respectivamente. Na classe de ações, a saída foi de R$ 3,4 bilhões, com destaque para o tipo Ações Livre, que teve perda de R$ 1,8 bilhão no mês.
“Apesar da dificuldade das categorias de fundos mais arriscadas em manter a atratividade, no acumulado do ano o resultado da indústria segue positivo, o que reforça a resiliência do setor”, disse Pedro Rudge, diretor da Anbima, em nota.
Entre os fundos estruturados, os FIDCs acumulam captação líquida de R$ 63 bilhões no ano, enquanto os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) registram entradas de R$ 44,7 bilhões.
Os ETFs também seguem em expansão: entre janeiro e setembro, a classe captou R$ 7,3 bilhões, impulsionada principalmente pelos produtos de renda fixa, responsáveis por R$ 6,6 bilhões do total.
O resultado de setembro indica que a renda fixa continua sendo o principal motor de captação na bolsa de valores, enquanto fundos de maior risco, como multimercados e ações, enfrentam desafios para atrair investidores. O desempenho positivo do setor reforça a percepção de resiliência da indústria de fundos em meio a cenários econômicos variados, mostrando tendência de recuperação em comparação aos anos de saídas líquidas recentes.
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