O Ministério da Agricultura prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, após novas detecções do vírus da gripe aviária (H5N1) em aves silvestres. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e busca manter a vigilância e a capacidade de resposta rápida diante de novos registros da doença.
O estado de emergência foi originalmente decretado em 22 de maio de 2023, também por 180 dias, e vem sendo renovado desde então. A última prorrogação havia ocorrido em 4 de abril deste ano. Segundo o ministério, a medida é preventiva e tem o objetivo de preservar o status sanitário do País, garantindo segurança ao setor produtivo e às exportações de proteína animal.
Quer ficar bem informado? Acesse o canal da ADVFN News [ grátis ]
O Brasil segue oficialmente livre da gripe aviária em plantel comercial desde o fim de junho. Desde o início do monitoramento, foram confirmados 185 casos da doença em animais silvestres — sendo 172 em aves —, além de 12 focos em produções de subsistência e um em plantel comercial.
⚠️ Cadastre-se gratuitamente na ADVFN para obter notícias, cotações em tempo real,
gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.[ Cadastre-se grátis ]
O único caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) confirmado em granja comercial foi registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, em um matrizeiro de aves localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com o Ministério da Agricultura, o foco foi controlado e já se encontra encerrado. Os dados constam na plataforma oficial de acompanhamento de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, mantida pela pasta.
A decisão de prorrogar o estado de emergência deve manter sob atenção os investidores e analistas que acompanham o setor agropecuário brasileiro, especialmente as empresas exportadoras de proteína animal listadas na B3, como BRF e JBS (BOV:JBSS3 | NYSE:JBSAY). Embora o País siga sem registro ativo em granjas comerciais, qualquer novo foco poderia afetar temporariamente o ritmo de exportações e gerar volatilidade nas ações dessas companhias.
Mesmo sem casos em produção comercial, a manutenção do alerta reforça a importância do controle sanitário e da transparência nas informações. Em um momento de incerteza global sobre segurança alimentar, a notícia reafirma a solidez do sistema de vigilância brasileiro e a necessidade de cautela do mercado diante de riscos sanitários que podem influenciar preços e fluxos de exportação.
Siga-nos nas redes sociais