A Itália planeja aumentar em 50% o imposto fixo cobrado sobre a renda de indivíduos ricos que se mudam para o país, informou o Financial Times (FT) nesta sexta-feira (17/10). A proposta eleva a cobrança de € 200.000 para € 300.000 anuais sobre rendas provenientes do exterior, afetando estrangeiros que buscam residência na Itália e cidadãos italianos que viveram fora do país.
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De acordo com um funcionário do Ministério das Finanças, “o mais recente aumento de impostos já foi incluído no projeto de orçamento para 2026”. O mesmo plano orçamentário prevê uma redução nos tributos para trabalhadores com rendas mais baixas, em uma tentativa de equilibrar o sistema tributário e reduzir desigualdades. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo parlamento italiano antes de entrar em vigor.
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A medida busca fortalecer as contas públicas italianas em meio ao desafio de financiar cortes fiscais para famílias e pequenas empresas, mantendo o equilíbrio fiscal exigido pela União Europeia. Caso aprovada, especialistas apontam que a mudança pode impactar a atratividade da Itália como destino de residência para grandes fortunas, levando alguns investidores a reconsiderar planos de mudança para o país.
O impacto da proposta sobre o mercado financeiro italiano pode ser moderado no curto prazo, mas tende a influenciar setores ligados ao consumo de luxo, imóveis e gestão de patrimônio. Na bolsa de valores de Milão (BITI), o índice pode refletir a expectativa de investidores sobre o comportamento do capital estrangeiro e o efeito potencial sobre o fluxo de investimentos no país.
Mesmo sem uma cotação diretamente vinculada à medida, o anúncio ocorre em um momento de incertezas fiscais na Europa, o que pode gerar volatilidade nas bolsas do continente e pressionar o euro (FX) no curto prazo. A política tributária da Itália, portanto, entra no radar dos investidores atentos à dinâmica de austeridade e crescimento da região.
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