Curva de juros alterna altas e quedas nos vértices médios e longos, enquanto curto prazo mantém estabilidade em dia de baixo volume no DI Futuro.
Os juros futuros encerraram a sessão desta segunda-feira (13/10) com viés misto ao longo da curva de juros, refletindo um pregão de cautela no mercado de renda fixa local. Os investidores ajustaram posições de forma moderada após a última semana de maior volatilidade, enquanto o ambiente externo manteve o apetite por risco sob controle. No fechamento da B3, os vértices curtos oscilaram de forma marginal, enquanto os longos alternaram leves altas e quedas, sinalizando um início de semana com curva de juros levemente inclinada.
Entre os destaques positivos, os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) avançaram 0,14%, encerrando o dia a 14,02%, acompanhados pelos vértices de 2033 (BMF:DI1F33) e 2034 (BMF:DI1F34), ambos com alta de 0,04% e 0,14%, respectivamente. Já do lado negativo, os contratos com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) recuaram 0,07%, fechando a 13,40%, enquanto os vencimentos de 2030 (BMF:DI1F30) e 2031 (BMF:DI1F31) caíram 0,04%, terminando a 13,55% e 13,67%. O vértice de 2032 (BMF:DI1F32) ficou estável, a 13,775%, mostrando equilíbrio na parte mais longa da curva.
Nos prazos mais curtos, o contrato com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) subiu 0,01%, para 14,894%, enquanto o vértice de 2028 (BMF:DI1F28) permaneceu estável, a 13,43%. Esses contratos seguem entre os mais líquidos do DI Futuro, concentrando o maior número de operações do pregão. O DI1F27, por exemplo, registrou 217.302 contratos negociados, seguido por DI1F28, com 187.971, e DI1F26, com 166.664 — reflexo do foco dos investidores em ajustes de curto e médio prazo da curva de juros.
Na parte longa da curva, os volumes foram mais moderados, mas ainda relevantes para o termômetro fiscal. O DI1F29 movimentou 182.573 contratos, seguido pelo DI1F31 com 77.566, e DI1F35 com 37.856. Esses vértices da curva de juros são tradicionalmente os mais sensíveis às expectativas sobre o cenário político e às discussões fiscais em Brasília, o que explica a oscilação contida observada nesta segunda-feira.
Sem grandes gatilhos locais, o pregão foi marcado por ajustes técnicos e pelo acompanhamento do comportamento dos Treasuries norte-americanos. O movimento misto indica que parte do mercado começa a consolidar posições, à espera dos próximos dados de inflação e atividade no Brasil, que podem redefinir as apostas para a trajetória da taxa Selic no fim do ano.
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