Curva de juros nesta quarta-feira reflete viés misto com pressão nos contratos iniciais e alívio nos vencimentos mais distantes.

Nesta quarta-feira (15/10), o mercado de juros futuros brasileiro apresentou um viés misto na curva de juros, com os vértices curtos registrando altas moderadas, influenciados por incertezas sobre a política monetária local, enquanto os longos mostraram quedas, refletindo uma percepção mais estável no cenário fiscal de longo prazo. O sentimento do mercado foi de cautela, com investidores digerindo falas do Banco Central e dados do varejo, o que manteve a volatilidade controlada, mas com foco em ajustes finos no DI Futuro.

Entre os destaques positivos, os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) lideraram as altas com variação de 0,25%, fechando a 14,03%, seguidos pelos contratos com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) com alta de 0,01% a 14,894%. Já nos negativos, os contratos com vencimento em janeiro de 2032 (BMF:DI1F32) registraram a maior queda de 0,84%, terminando a 13,64%, e os contratos com vencimento em janeiro de 2035 (BMF:DI1F35) caíram 0,83% para 13,69%.

Nos contratos de curto e médio prazo, que são os vértices da curva de juros mais líquidos do DI Futuro, o volume negociado foi robusto: os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) movimentaram 441.715 contratos, enquanto os de janeiro de 2028 (BMF:DI1F28) somaram 276.065, destacando a preferência dos investidores por ajustes rápidos em meio a expectativas sobre a Selic.

Já nos contratos de longo prazo, mais sensíveis ao cenário fiscal e político, os volumes foram menores, mas significativos: os contratos com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) negociaram 269.702 unidades, e os de janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) atingiram 195.792, refletindo preocupações com a sustentabilidade das contas públicas no horizonte distante.

Os fatores que movimentaram o mercado de juros futuros incluíram comentários recentes de diretores do Banco Central sobre incertezas na política monetária, o que pressionou os vértices curtos para cima, sinalizando expectativas de manutenção de juros elevados no curto prazo. Além disso, decisões e falas do Federal Reserve influenciaram o ambiente global, contribuindo para o viés misto na curva de juros ao reforçar a atratividade da renda fixa emergente.

O setor de varejo também pesou, com desempenho recente adicionando volatilidade aos contratos médios, enquanto indicadores de inflação e fiscal mantiveram o radar dos investidores, ajudando a conter quedas mais acentuadas nos longos ao sugerir estabilidade futura.

Para acompanhar a curva de juros e todos os vencimentos do DI Futuro em tempo real, acesse a página da ADVFN: https://br.advfn.com/futuros/juros.