Companhia aprova programa para recomprar até 9,1 milhões de ações — 10% dos papéis em circulação — em movimento que animou o mercado e impulsionou o preço das ações nesta quarta-feira (08/10).
A Méliuz S.A. (BOV:CASH3) anunciou nesta quarta-feira (08/10) um novo programa de recompra de até 9,1 milhões de ações ordinárias, o que representa 10% do total em circulação. A iniciativa tem como objetivo maximizar a geração de valor aos acionistas e permitir flexibilidade para eventuais participações futuras, informou a companhia em comunicado ao mercado.
O anúncio veio um dia após o BTG Pactual (BOV:BPAC11) publicar um relatório indicando que não se surpreenderia com uma recompra iminente. O banco destacou que, em ciclos anteriores, a redução de capital da Méliuz impulsionou fortemente as ações — movimento que agora parece se repetir.
De acordo com o BTG, o negócio “legado” da empresa, voltado ao cashback e marketplace, segue subvalorizado, com potencial de valorização expressivo. O relatório ainda aponta que, se o segmento fosse avaliado em torno de R$ 200 milhões, o múltiplo EV/EBITDA ficaria abaixo de 3x, abrindo espaço para uma alta de até 35% nos papéis.
Além disso, a Méliuz continua se beneficiando da valorização do Bitcoin, que soma R$ 30 milhões em ganhos não contabilizados diretamente no resultado. A expectativa é de melhora operacional no 3T25, com EBITDA estimado em R$ 20 milhões, acima dos R$ 16 milhões projetados anteriormente.
No pregão desta quarta-feira (08/10), as ações CASH3 subiam 4,01%, cotadas a R$ 4,41, após abrirem o dia a R$ 4,47. Os papéis oscilaram entre R$ 4,38 e R$ 4,57, com volume negociado superior a 4 milhões de ações. O valor de mercado atual da empresa é de R$ 382,6 milhões.
A Méliuz é uma Bitcoin Treasury Company brasileira que oferece cashback, serviços financeiros e programas de fidelidade. A companhia busca consolidar sua presença digital, explorando também o mercado cripto e oportunidades de inovação financeira.