O mercado de ETF da bolsa de valores brasileira (B3) vem refletindo a divisão entre os fundos atrelados ao Ibovespa e às bolsas globais, que mantêm trajetória de alta, e os produtos expostos ao universo cripto, que seguem em tendência de baixa. A leitura técnica dos principais ETF mostra que o apetite por risco permanece concentrado nos ativos de renda variável tradicional, enquanto o segmento digital perde força diante da redução de liquidez global.

Entre os destaques positivos, BOVA11, BOVV11, BBOV11, BOVB11, SPXI11 e IVVB11 seguem em tendência de alta no curto prazo, sustentadas pela valorização das ações brasileiras e estrangeiras. O ETF BOVA11 (Ishares Bova CI) mostra força acima de R$144,64, com projeções técnicas que apontam para R$154,49 e até R$170,43 em caso de rompimento. O padrão de volume e o IFR em níveis saudáveis reforçam a probabilidade de continuidade da alta.

Outro destaque é o BBOV11, que opera acima de R$77,46 e pode buscar a faixa entre R$82,96 e R$91,87, enquanto mantém suportes em R$75,17 e R$72,41. A tendência é de fortalecimento junto à performance do Ibovespa, que vem se aproximando da zona dos 145 mil pontos.

No mesmo sentido, BOVB11 se mantém em tendência positiva e tem espaço técnico para testar R$150,16, podendo projetar entre R$159,85 e R$175,53 caso o volume comprador continue consistente. O cenário técnico reforça a visão de que os ETFs de Ibovespa continuam sendo a porta de entrada preferida para investidores institucionais e de varejo em busca de exposição à bolsa local.

No exterior, os ETFs com foco em mercados globais também registraram sinais técnicos de continuidade na alta. O SPXI11 e o IVVB11, ambos atrelados ao desempenho do S&P 500, se destacam. O IVVB11 está acima de R$416,19, projetando alvos em R$446,37 e R$495,22, sustentado por expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos em 2025.

O SPXI11, por sua vez, apresenta estrutura técnica similar, com suporte em R$392,17 e resistência em R$403,67, projetando até R$479,40. A movimentação reflete a força do setor de tecnologia norte-americano e o otimismo com a temporada de balanços.

Entre os temáticos, o ETF GOLD11, que replica o desempenho do ouro, mantém tendência de alta e encontra-se acima de R$24,66, projetando R$28,38 a R$34,41. O IFR elevado sugere sobrecompra, mas o ativo segue apoiado por fluxos defensivos em meio a incertezas geopolíticas. A versão internacional, BIAU39, também segue firme, projetando R$128,44 como primeira meta.

O cenário é distinto para os ETF expostos ao universo cripto, como BITH11, ETHE11, HASH11, QBTC11, SOLH11, XRPH11 e QETH11, todos em tendência de baixa. O BITH11, que acompanha o Bitcoin, está abaixo de R$134,73, com projeção negativa até R$118,22, enquanto o ETHE11, que replica o Ethereum, pode recuar até R$36,25 caso perca o suporte de R$48,96.

O movimento reflete a queda do Bitcoin nas últimas sessões e a aversão ao risco global, com o IFR de vários desses fundos operando em níveis neutros a sobrevendidos. O QBTC11 e o SOLH11 também apontam fraqueza técnica, com resistências distantes e pressão vendedora persistente.

Entre os fundos de maior liquidez e foco setorial, DIVD11, FIND11, DIVO11 e WRLD11 se destacam positivamente. O DIVD11 mostra força acima de R$56,19, projetando R$64,76, enquanto o FIND11 (setor financeiro) caminha para testar R$171,37. Já o WRLD11, que acompanha o desempenho global diversificado, mantém suporte firme em R$134,02, mirando R$160,19.

O comportamento dos ETF reforça a tese de rotação setorial, com investidores priorizando fundos de renda variável e commodities em detrimento dos criptoativos e temáticos ligados a tecnologia blockchain. O ambiente de juros elevados no curto prazo, mas com perspectiva de afrouxamento em 2026, tende a beneficiar produtos ligados a ações e metais preciosos.

No médio prazo, analistas técnicos observam que a configuração gráfica dos ETF do Ibovespa indica potencial de novos recordes caso o índice supere resistências-chave, enquanto os fundos de criptomoedas ainda podem enfrentar volatilidade até o fim do ano.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.