Em uma decisão amplamente antecipada pelos investidores, o Banco do Japão (BoJ) optou por manter sua taxa básica de juros inalterada. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (30/10) e marca um cenário de continuidade na política monetária da terceira maior economia do mundo. A autoridade monetária japonesa manteve os juros no patamar de 0,50%, uma decisão que já era esperada pela grande maioria dos analistas.

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Esta é a sexta reunião consecutiva em que o BoJ deixa os juros sem alteração. O último movimento ocorreu em janeiro, quando o banco central executou um aumento de 25 pontos-base. O cenário de estabilidade reforça a postura cautelosa da instituição, que segue monitorando de perto a evolução econômica global e doméstica.

O contexto político também chama a atenção. Esta foi a primeira reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ) após a posse de Sanae Takaichi, defensora de estímulos econômicos, como primeira-ministra do país no início deste mês. A chegada da nova primeira-ministra, conhecida por suas visões a favor de medidas de estímulo, gerava um clima de observação, mas a decisão final do banco central seguiu o roteiro tradicional.

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O governador do Banco do Japão (BOJ), Kazuo Ueda, observou que a instituição precisa de mais dados para analisar antes de determinar as futuras decisões de política monetária, apesar da redução dos riscos de queda para a economia decorrentes das tarifas dos Estados Unidos sobre as exportações do país.

Em uma coletiva de imprensa após a decisão do Banco do Japão de não alterar sua taxa básica de juros, Ueda observou que os preços dos alimentos subiram um pouco devido a “fatores temporários”, mas previu que eles se moderarão no futuro. Ainda assim, acrescentou que o banco “monitorará de perto” quaisquer riscos que possam surgir.

Além disso, Ueda expressou a prontidão do Banco do Japão em ajustar sua política monetária a qualquer momento, mesmo que o novo governo estivesse em processo de elaboração de um novo orçamento.

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