O mercado europeu de ações fechou a quarta-feira (29/10) sem direção única, refletindo o equilíbrio entre balanços corporativos, expectativas de política monetária e tensões geopolíticas. Enquanto o FTSE 100 (LSE:UKX) renovou recordes em Londres e liderou as altas do continente, o DAX (DBI:DAX) recuou em Frankfurt, pressionado por realização de lucros. O principal indicador econômico da região foi o índice de confiança do consumidor, divulgado pela Comissão Europeia.
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No geral, as bolsas de valores da Europa registraram desempenhos mistos. Londres, Madri, Lisboa, Milão e Amsterdã encerraram em alta, enquanto Frankfurt e Paris recuaram. O subíndice europeu de recursos básicos foi destaque de valorização, impulsionado pela Glencore (LSE:GLEN), que subiu mais de 6%, após divulgar recuperação na produção de cobre e carvão metalúrgico. Em contrapartida, o setor tecnológico apresentou queda moderada, acompanhando o movimento das bolsas norte-americanas.
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Reino Unido — A bolsa de valores de Londres manteve o ritmo positivo, com o FTSE 100 (LSE:UKX) avançando 0,61% e atingindo nova máxima histórica. O mercado britânico foi impulsionado por ações de mineração e energia, além da expectativa de estabilidade na política monetária do Banco da Inglaterra (BoE). O índice de confiança do consumidor britânico apresentou leve melhora em relação ao mês anterior, reforçando o otimismo com a recuperação econômica local.
Zona do Euro — O índice Euronext 100 (EU:N100) registrou avanço de 0,15%, sustentado por ganhos no setor bancário e de commodities. A confiança do consumidor da Zona do Euro permaneceu estável, em linha com a projeção do mercado, refletindo uma economia ainda resiliente diante da incerteza global. Investidores também monitoraram a expectativa pela decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), prevista para a quinta-feira (30/10), que deve manter a taxa inalterada.
Alemanha — Em Frankfurt, o DAX (DBI:DAX) caiu 0,64%, pressionado por realização de lucros após recente sequência de ganhos. Apesar do resultado positivo da Mercedes-Benz (TG:MBG) e do Deutsche Bank (TG:DBK), o sentimento foi de cautela antes das decisões do BCE e do Federal Reserve (Fed). A leitura do índice de confiança do consumidor alemão ficou abaixo da projeção, reforçando preocupações com o ritmo da economia.
França — O CAC 40 (EU:PX1) recuou 0,19%, impactado por ajustes técnicos e pelo desempenho moderado do setor de tecnologia. O índice de preços ao consumidor francês veio dentro das expectativas, enquanto o indicador de confiança empresarial mostrou leve desaceleração em relação ao mês anterior. Analistas destacam que o mercado parisiense segue sensível aos sinais de política monetária do BCE.
Itália — Em Milão, o FTSE MIB (BIT:FTSEMIB) avançou 0,26%, sustentado por ganhos em bancos e empresas de energia. O índice de produção industrial italiana superou a projeção do mercado, reforçando a percepção de que a economia local vem se mantendo mais resiliente do que o esperado. Esse dado ajudou a atrair fluxos para ativos italianos e reduziu a percepção de risco sobre os títulos soberanos.
Portugal — A bolsa de valores de Lisboa também acompanhou o viés positivo, com o PSI 20 (EU:PSI20) subindo 0,44%, impulsionado por ações do setor financeiro. O índice de confiança do consumidor português melhorou levemente em relação ao resultado anterior, embora siga abaixo das médias pré-pandemia. O resultado reflete um ambiente de recuperação gradual e ainda dependente de estímulos externos.
Holanda — O AEX (EU:AEX) encerrou o pregão com alta de 0,08%, beneficiado pelo avanço de papéis industriais e de tecnologia. O índice de preços ao produtor holandês apresentou queda marginal, sugerindo desaceleração da inflação no país. Esse dado foi bem recebido por investidores, que esperam postura mais branda do BCE nas próximas reuniões.
Reação a indicadores dos EUA — Investidores europeus também acompanharam a expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed), marcada para o final da tarde de quarta-feira (29/10). O mercado projeta um possível corte de 0,25 ponto percentual, o que poderia reduzir a atratividade do dólar e impulsionar ativos de risco globais.
Mercado cambial europeu — Nas últimas 24 horas, o euro e a libra esterlina oscilaram levemente diante do dólar norte-americano. A paridade Euro/Dólar (FX:EURUSD) recuou 0,03%, enquanto a Libra/Dólar (FX:GBPUSD) caiu 0,37%. Já o Euro/Libra (FX:EURGBP) subiu 0,35%, refletindo maior procura por ativos da Zona do Euro antes da reunião do BCE. O real brasileiro teve leve valorização ante as moedas europeias.
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