Os pedidos de hipoteca nos Estados Unidos tiveram uma forte retração de 12,7% na semana encerrada em 26 de setembro, segundo dados divulgados na quarta-feira pela Mortgage Bankers Association (MBA). O resultado reflete o impacto da alta dos juros e as incertezas do mercado imobiliário.

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O relatório mostrou que a taxa média de juros contratada para hipotecas de taxa fixa de 30 anos avançou de 6,34% para 6,46%, encarecendo o crédito e limitando o apetite dos compradores. Nesse cenário, o Índice de Compras, ajustado sazonalmente, recuou de 174,5 para 172,2, enquanto o Índice de Refinanciamento caiu de 1.609,8 para 1.278,6 pontos.

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“Após o aumento repentino na atividade de refinanciamento no mês passado, essa reversão nas taxas de hipoteca levou a uma queda considerável nos pedidos de refinanciamento, o que corrobora nossa visão de que as oportunidades de refinanciamento neste ano serão efêmeras”, afirmou o vice-presidente e economista-chefe adjunto da MBA, Joel Kan. “A força do mercado de compra também foi impactada por outros fatores, como as condições econômicas mais amplas, a saúde do mercado de trabalho e o estoque de imóveis”, acrescentou Kan.

A retração dos pedidos de hipoteca pode afetar diretamente o setor imobiliário norte-americano, reduzindo a velocidade das vendas de imóveis e pressionando empresas ligadas à construção civil e financiamento habitacional. Esse movimento também tende a impactar os fundos imobiliários atrelados ao mercado de crédito.

Do ponto de vista macroeconômico, a fraqueza no mercado de hipotecas pode influenciar o desempenho da bolsa de valores dos Estados Unidos, especialmente em setores ligados ao consumo e à construção, além de refletir sobre os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e o câmbio global, já que os juros mais altos fortalecem o dólar no mercado internacional.

Apesar da queda dos pedidos, a notícia reforça um alerta importante para os investidores: o setor imobiliário continua sensível ao movimento de juros e pode ser um fator relevante para a performance futura do mercado financeiro global.

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