Queda do Brent e do WTI influencia desvalorização das ações da estatal; ADRs também fecham em baixa em Nova York.
A Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) encerrou esta quinta-feira (09/10) em terreno negativo, acompanhando o movimento global de queda do petróleo e um dia de maior aversão ao risco nos mercados internacionais. A combinação de realização de lucros, volatilidade cambial e ajustes nas expectativas sobre demanda por energia pesou sobre o desempenho das ações da estatal brasileira tanto na bolsa de valores B3, em São Paulo, quanto na Bolsa de Nova York (NYSE).
Na B3, as ações preferenciais PETR4 recuaram 1,47%, cotadas a R$ 30,20, após variarem entre R$ 30,19 e R$ 30,84, com volume expressivo de 22,8 milhões de papéis negociados. Já as ordinárias PETR3 caíram 1,50%, fechando a R$ 32,10, com oscilação entre R$ 32,08 e R$ 32,83. O movimento reflete tanto o recuo do petróleo quanto a cautela dos investidores em relação ao cenário fiscal doméstico e às discussões sobre política de dividendos e investimentos da companhia.
No exterior, o comportamento foi semelhante. Os recibos de ações (ADRs) da Petrobras, negociados na Bolsa de Nova York, também apresentaram queda. O PBR, equivalente à ação preferencial, perdeu 1,80%, encerrando a US$ 11,98, enquanto o PBR.A, equivalente à ação ordinária, recuou 1,66%, cotado a US$ 11,27. O desempenho negativo das ADRs acompanhou a queda generalizada do setor de energia norte-americano, pressionado por uma nova rodada de vendas diante do enfraquecimento das cotações do petróleo.
O Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) fechou o dia em US$ 65,03, recuando 1,32%, após alcançar máxima de US$ 66,36 e mínima de US$ 64,81. O Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) seguiu a mesma direção, encerrando o pregão em US$ 61,25, queda de 0,87%. As cotações foram pressionadas por sinais de desaceleração da demanda global, com destaque para a economia chinesa, além da expectativa de aumento nos estoques semanais dos Estados Unidos. A valorização do dólar no mercado internacional também pesou, reduzindo o apetite dos investidores por ativos de risco ligados a commodities.
O dia foi de queda para praticamente todas as grandes petroleiras do mundo, em um reflexo direto da fraqueza do mercado de energia. Nos Estados Unidos, Exxon Mobil (NYSE:XOM) recuou 0,98%, cotada a US$ 112,90, e Chevron (NYSE:CVX) caiu 1,37%, a US$ 151,64. A ConocoPhillips (NYSE:COP) teve baixa de 1,65%, fechando a US$ 92,20, enquanto a norueguesa Equinor ASA (NYSE:EQNR) liderou as perdas do setor, com recuo de 2,07%, a US$ 24,12.
Na Europa, o cenário foi igualmente negativo. A britânica BP (LSE:BP) recuou 0,46%, a £34,36, e a italiana ENI (EU:E) caiu 0,37%, para €35,41. A francesa TotalEnergies (NYSE:TTE) teve leve oscilação negativa de 0,81%, terminando o dia a US$ 58,61. A exceção ficou por conta da Shell (LSE:SHEL), que avançou 0,45%, sustentada por expectativas de dividendos mais robustos, em um movimento isolado dentro de um setor predominantemente pressionado.
Entre os fatores que influenciaram as ações da Petrobras no pregão de hoje, analistas destacam o ajuste técnico após ganhos recentes, o ambiente externo desfavorável e o acompanhamento das negociações internas sobre novas diretrizes de distribuição de dividendos. Além disso, a queda do petróleo tende a reduzir a margem de lucro das operações da companhia no curto prazo, especialmente em momentos de instabilidade cambial e aumento dos custos operacionais.
Ainda assim, especialistas reforçam que o papel da Petrobras continua sendo um dos mais sensíveis ao comportamento do petróleo entre os ativos negociados na B3. A estatal segue beneficiada por fundamentos sólidos, elevada geração de caixa e posicionamento estratégico no mercado global de energia, embora a volatilidade de curto prazo seja uma constante.
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