Os preços do petróleo recuavam ligeiramente na manhã de quinta-feira, 2 de outubro de 2025, após uma queda de três dias, impulsionados por preocupações com possíveis sanções mais severas ao petróleo bruto russo, embora a oferta abundante tenha mantido os ganhos sob controle.

Às 07h51 (horário de Brasília), os contratos futuros do Brent para dezembro caíam 25 centavos, ou 0,38%, para US$ 65,10 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA para novembro caía 22 centavos, ou 0,36%, para US$ 61,56 o barril.

Analistas observaram que a alta representa uma recuperação técnica após o Brent e o WTI terem caído cerca de 1% na sessão anterior, marcando o menor fechamento do Brent desde 5 de junho e do WTI desde 30 de maio.

“O interesse de compra surgiu quando o WTI se aproximou do seu nível de suporte de US$ 60, enquanto os riscos geopolíticos elevados e a especulação sobre sanções mais rígidas ao petróleo bruto russo também deram suporte”, disse Hiroyuki Kikukawa, estrategista-chefe da Nissan Securities Investment.

Os ministros das Finanças do G7 indicaram na quarta-feira que visariam aqueles que continuam comprando petróleo russo ou facilitando seu desvio. Enquanto isso, os EUA fornecerão à Ucrânia informações para ataques com mísseis de longo alcance contra a infraestrutura energética russa, de acordo com a Reuters, confirmando uma reportagem do Wall Street Journal. A iniciativa visa limitar as receitas do Kremlin, visando refinarias, oleodutos e outros ativos críticos.

Os estoques de petróleo bruto da China ajudaram a estabilizar os preços, limitando a pressão negativa, disseram traders.

No entanto, preocupações com a desaceleração da economia global em meio à paralisação do governo dos EUA, combinadas com expectativas de aumento da produção da OPEP+, limitaram novos ganhos. O governo Trump congelou US$ 26 bilhões em fundos para estados com tendências democratas, continuando a alavancar a paralisação para fins políticos.

Em relação à oferta, a OPEP+ pode aumentar a produção em novembro em até 500.000 barris por dia — o triplo do aumento registrado em outubro —, à medida que a Arábia Saudita busca recuperar participação de mercado, disseram três fontes familiarizadas com as discussões. Isso ocorre em um momento em que a demanda nos EUA e na Ásia começa a diminuir.

Dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) divulgados na quarta-feira mostraram aumento nos estoques de petróleo bruto, gasolina e destilados na semana passada, devido à desaceleração da atividade de refino e à menor demanda.

Os estoques de petróleo bruto aumentaram em 1,8 milhão de barris, para 416,5 milhões de barris, na semana encerrada em 26 de setembro, acima da previsão de aumento de 1 milhão de barris em pesquisa da Reuters.


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