WTI e Brent fecham em queda; ações da Petrobras e grandes petroleiras globais acompanham movimento de baixa.

O mercado de petróleo encerrou esta quinta-feira (09/10) em queda, refletindo o aumento das preocupações com a desaceleração da demanda global e a pressão dos indicadores macroeconômicos dos Estados Unidos e da Europa. Após uma semana marcada por volatilidade, investidores optaram por realizar lucros, diante da persistente força do dólar e da percepção de que a oferta global segue confortável, mesmo após cortes coordenados da OPEP+.

O Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) caiu 0,87%, fechando a US$ 61,25, depois de oscilar entre a máxima de US$ 62,55 e a mínima de US$ 61,00. Já o Petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) recuou 1,32%, encerrando a US$ 65,03, após atingir máxima de US$ 66,36 e mínima de US$ 64,81. O movimento de baixa foi atribuído principalmente à combinação de expectativa por novos dados de estoques nos EUA e preocupações com o crescimento mais fraco na China, principal importadora mundial da commodity.

Na bolsa de valores brasileira (B3), as ações da Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) acompanharam a fraqueza do petróleo e fecharam em queda. Os papéis ordinários PETR3 recuaram 1,50%, cotados a R$ 32,10, enquanto as preferenciais PETR4 cederam 1,47%, a R$ 30,20, após um pregão de oscilação entre R$ 30,84 e R$ 30,19. Na Bolsa de Nova York (NYSE), os ADRs da estatal também caíram: o PBR perdeu 1,80%, cotado a US$ 11,98, e o PBR.A recuou 1,66%, a US$ 11,27, acompanhando o recuo generalizado do setor.

Entre as demais companhias do setor listadas na B3, a PetroRio (BOV:PRIO3) caiu 1,04%, fechando a R$ 37,25, após mínima de R$ 37,18; a PetroRecôncavo (BOV:RECV3) recuou 0,24%, cotada a R$ 12,23; e a Brava Energia (BOV:BRAV3) teve uma das maiores baixas do dia, desvalorizando 4,97%, a R$ 16,05. O movimento negativo reflete tanto a correção do preço internacional do barril quanto o aumento das incertezas fiscais e cambiais no mercado doméstico.

No cenário internacional, as grandes petroleiras também encerraram o dia no vermelho. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) recuou 0,98%, cotada a US$ 112,90, enquanto a Chevron (NYSE:CVX) caiu 1,37%, a US$ 151,64. A ConocoPhillips (NYSE:COP) perdeu 1,65%, terminando a US$ 92,20, e a Equinor ASA (NYSE:EQNR) teve uma das maiores quedas do setor, de 2,07%, fechando a US$ 24,12. Entre as europeias, o movimento também foi de baixa: BP (LSE:BP) recuou 0,46%, ENI (EU:E) caiu 0,37%, e TotalEnergies (NYSE:TTE) oscilou levemente, terminando quase estável, com variação de +0,04%.

A exceção foi a Shell (LSE:SHEL), que teve desempenho misto entre suas listagens: no Reino Unido, o papel avançou 0,45%, cotado a £73,53, sustentado por expectativas positivas sobre dividendos; já sua unidade negociada nos EUA cedeu 0,80%, acompanhando o humor negativo do mercado americano.

Especialistas apontam que o recuo do petróleo está ligado à leitura de que o mercado pode entrar em breve em um período de superoferta, principalmente se os Estados Unidos mantiverem o ritmo de produção próximo dos recordes recentes. Além disso, o temor de desaceleração na Europa e os sinais mistos da economia chinesa aumentam a percepção de menor demanda no curto prazo.

Mesmo com o movimento de correção, analistas lembram que o petróleo segue com fundamentos sólidos e que oscilações de curto prazo são comuns em períodos de incerteza macroeconômica. O desempenho do setor, no entanto, segue essencial para a bolsa de valores brasileira, já que as ações ligadas à commodity têm forte peso sobre o Ibovespa e ajudam a ditar o ritmo do mercado local.

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