O PMI Industrial de setembro foi divulgado às 21h30 do domingo (05/10) e mostrou leve desaceleração da atividade fabril em Hong Kong, recuando em relação ao mês anterior e sinalizando estabilidade na linha divisória dos 50 pontos. O dado veio pior que as expectativas do mercado, que esperavam manutenção do ritmo observado em agosto. Na segunda-feira (06/10), o índice Hang Seng encerrou o pregão em queda de 0,67%, a 26.957,77 pontos, refletindo o sentimento cauteloso dos investidores com o enfraquecimento da indústria chinesa e o impacto sobre empresas listadas na bolsa de valores de Hong Kong.
O PMI Industrial recuou de 50,7 para 50,4 pontos em setembro, mantendo-se ainda em território de expansão, mas com ritmo mais fraco de crescimento. O resultado mostra que as fábricas continuam produzindo mais do que no mês anterior, porém em um ritmo menor, indicando moderação na recuperação pós-pandemia. Analistas destacam que o dado reforça o cenário de atividade industrial fragilizada por custos elevados de insumos e demanda externa irregular.
Tradicionalmente, quando o PMI cai, investidores tendem a reduzir posições em ações ligadas à indústria e ao comércio exterior, o que foi refletido na sessão desta segunda-feira. Setores de tecnologia, construção e consumo lideraram as perdas no Hang Seng (HKEX:HSI), enquanto o segmento de energia conseguiu segurar parte da pressão negativa.
O resultado do PMI reforça a expectativa de que o governo chinês possa intensificar estímulos econômicos para sustentar o crescimento no quarto trimestre. Medidas fiscais e políticas de crédito direcionadas ao setor manufatureiro devem continuar no radar, enquanto o mercado segue monitorando os desdobramentos da política monetária do Banco Popular da China (PBoC).
No fechamento da segunda-feira (06/10), o índice Hang Seng (HKEX:HSI) encerrou o dia com queda de 183,15 pontos (-0,67%), refletindo o impacto direto do dado industrial e a postura cautelosa dos investidores internacionais em relação à Ásia.
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