O mercado de trabalho brasileiro apresentou um desempenho robusto no trimestre encerrado em setembro de 2025, consolidando um cenário de forte geração de emprego e renda. A taxa de desocupação ficou em 5,6%, repetindo a menor marca desde o início da série histórica em 2012. O indicador recuou tanto na comparação com o trimestre anterior, que era de 5,8%, quanto em relação ao mesmo período de 2024, quando estava em 6,4%. Em números absolutos, a população desocupada chegou a 6,0 milhões de pessoas, também o menor contingente da história, refletindo um ambiente econômico favorável.
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Outros indicadores reforçam a solidez do mercado. A taxa composta de subutilização, que mede o aproveitamento do potencial da força de trabalho, atingiu 13,9%, outra mínima recorde. A população desalentada, de 2,6 milhões de pessoas, é a menor desde 2015. No setor privado, o número de empregados com carteira assinada (exclusive domésticos) alcançou um novo recorde, com 39,2 milhões de trabalhadores. O rendimento real habitual também bateu recorde, chegando a R$ 3.507, com a massa de rendimento real habitual atingindo a cifra histórica de R$ 354,6 bilhões.
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A análise por setores mostra que a Agricultura e a Construção foram os destaques na geração de vagas no trimestre. Já na comparação anual, Transporte e Armazenagem e Administração Pública tiveram os maiores crescimentos. O rendimento médio cresceu significativamente em cinco categorias na comparação anual, com destaque para Administração Pública e Serviços Domésticos.
Possíveis Impactos no Mercado Financeiro:
Esta notícia fortalece a percepção de resiliência da economia brasileira, o que pode influenciar positivamente os ativos locais. Para a bolsa de valores, um mercado de trabalho aquecido sustenta a expectativa de consumo das famílias, beneficiando setores como varejo e financeiro. No câmbio, o cenário de renda recorde e formalização pode atrair fluxos de investimento estrangeiro, exercendo pressão de valorização sobre o Real (FX:USDBRL). Para os títulos públicos, a combinação de pleno emprego e alta na massa de rendimento pode manter o Banco Central atento aos riscos inflacionários, potencialmente limitando os ganhos nos prefixados no médio prazo.
Contexto Atual e Relevância da Notícia:
Em um momento de busca por direção nos mercados globais, dados macroeconômicos domésticos fortes como estes servem como um importante âncora para os investidores. A confirmação de que o mercado de trabalho brasileiro segue em trajetória de recuperação sólida, com recordes sucessivos em indicadores-chave, oferece um suporte fundamental para a avaliação de risco do país. Esta notícia reforça o otimismo cauteloso em relação aos ativos brasileiros, destacando a força interna da economia.
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