A prata (PM:XAGUSD) brilhou com força nesta quinta-feira (09/10), atingindo o maior patamar em três décadas, impulsionada pelo movimento global de investidores em busca de refúgio seguro diante da crescente instabilidade geopolítica e econômica. O avanço da prata ocorreu em meio a uma pausa na forte escalada do ouro (PM:XAUUSD), que começa a perder fôlego após uma sequência de recordes históricos.

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O metal prateado superou a marca simbólica de 50 dólares por onça (cerca de R$ 268), alcançando um valor não visto desde 1993. O ouro, por sua vez, recuou levemente após ter ultrapassado os 4.000 dólares (pouco mais de R$ 21 mil) na quarta-feira (08/10), quando renovou máximas históricas.

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John Plassard, diretor de estratégia de investimentos do Cite Gestion Private Bank, explicou à AFP que “as preocupações com a economia dos Estados Unidos, a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) volte a cortar as taxas e os temores sobre a dívida da França influenciaram neste movimento”.

“O que também está acontecendo, e isto é o que deu um impulso adicional à prata, é que começamos a ouvir falar de uma escassez deste metal”, declarou Plassard, ressaltando que a prata é amplamente utilizada em setores industriais, como o de painéis solares, além de ser considerada um ativo de investimento seguro em períodos de incerteza — característica que compartilha com o ouro.

David Morrison, analista de mercado sênior da Trade Nation, observou que parece haver uma consolidação do ouro “após dois meses de receitas incessantes”.

Enquanto isso, os preços do cobre (CCOM:COOPER) também mostraram força, aproximando-se de 4.929 dólares (R$ 26,4 mil) por libra, ou 10.866 dólares (R$ 58,2 mil) por tonelada métrica, de acordo com a imprensa especializada.

A disparada da prata reforça a atratividade dos metais preciosos como instrumentos de proteção em tempos de incerteza, com investidores reagindo às expectativas de cortes de juros pelo Fed e aos temores fiscais na Europa. Esse movimento tende a manter a prata e o ouro sob os holofotes do mercado, enquanto o cobre se beneficia do otimismo industrial global.

No contexto atual, a valorização da prata evidencia o interesse renovado dos investidores por ativos tangíveis e defensivos, especialmente em um cenário em que o ouro perde tração após seus picos recentes. O desempenho da prata destaca a busca por equilíbrio entre segurança e oportunidade em um ambiente de políticas monetárias incertas e tensão geopolítica crescente.

 

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