A inflação da produção no Reino Unido acelerou 3,4% nos doze meses até setembro, segundo dados divulgados na quarta-feira (22/10) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). O número ficou praticamente estável em relação ao mês anterior, refletindo a persistência das pressões de custos enfrentadas pela indústria britânica.
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De acordo com o ONS, o avanço foi impulsionado, principalmente, pelos produtos alimentícios, que subiram 4,6% no período, e pelo setor automotivo, cuja produção de veículos e equipamentos de transporte cresceu 6,4%. Em termos mensais, os dois segmentos registraram leve queda de 0,1%, indicando uma desaceleração pontual nos preços.
Os preços dos insumos ao produtor caíram 0,1% no mês, mas a inflação anual desses custos subiu 0,8%. Esse comportamento reforça o desafio que a indústria enfrenta para equilibrar margens e manter competitividade diante de custos persistentes e volatilidade cambial.
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O avanço da inflação de produção tende a exercer pressão sobre as margens das empresas britânicas e pode impactar as decisões de preços ao consumidor, especialmente em um cenário de crescimento econômico modesto e juros elevados. Na bolsa de valores de Londres (LSE:UKX), esse tipo de dado costuma gerar atenção redobrada de investidores em setores sensíveis a custos industriais, como o automotivo e o de alimentos.
Embora o índice de preços de produção não influencie diretamente os índices de inflação ao consumidor, sua trajetória é um sinal relevante sobre a dinâmica de custos no país. Em um contexto de desaceleração global e tensões logísticas, os dados reforçam a importância de acompanhar de perto a evolução dos preços industriais britânicos e seus reflexos no mercado financeiro.
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