Os preços do petróleo bruto recuavam na manhã de segunda-feira, 27 de outubro de 2025, depois que autoridades econômicas dos EUA e da China concordaram com uma estrutura de acordo comercial, aliviando os temores de que as disputas tarifárias e os controles de exportação entre os dois maiores consumidores de petróleo do mundo poderiam desacelerar o crescimento econômico global.

Às 06h34 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para dezembro caíam US$ 0,61 centavos, ou -0,93%, para US$ 65,32 o barril, enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate para dezembro caíam 0,60 centavos, ou -0,98%, para US$ 60,90.

Ambos os contratos subiram na semana passada — 8,9% e 7,7%, respectivamente —, com as sanções dos EUA e da UE à Rússia apertando as expectativas de oferta.

A Haitong Securities afirmou em nota a clientes que o otimismo cresceu em função das novas sanções e dos sinais de alívio das tensões comerciais entre EUA e China. Isso, acrescentou a empresa, ajudou a contrabalançar as preocupações persistentes com o excesso de oferta que já havia pressionado os preços no início de outubro.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse no domingo que autoridades de Washington e Pequim chegaram a uma “estrutura muito substancial” para um acordo comercial, preparando o cenário para o presidente Donald Trump e o presidente Xi Jinping discutirem uma cooperação comercial mais profunda esta semana.

Bessent explicou que a estrutura evitaria tarifas de 100% dos EUA sobre produtos chineses e incluiria um adiamento das restrições de exportação de terras raras da China.

Trump também expressou confiança nas negociações, dizendo que espera realizar reuniões na China e nos Estados Unidos.

“Acho que vamos fechar um acordo com a China”, disse Trump. “Vamos encontrá-los mais tarde na China e nos EUA, seja em Washington ou em Mar-a-Lago.”

De acordo com Tony Sycamore, analista de mercado do IG Group, o anúncio ajudou a aliviar as preocupações de que a Rússia poderia responder às novas sanções dos EUA à Rosneft e à Lukoil oferecendo descontos agressivos e usando frotas paralelas para manter as vendas.

“No entanto, se as sanções à energia russa forem menos eficazes do que o esperado, as pressões de excesso de oferta poderão retornar ao mercado”, disse Yang An, analista da Haitong Securities.