Os preços do petróleo reverteram em modesta baixa na terça-feira (7), após subirem quando a OPEP+ anunciou um aumento de produção menor que o esperado para novembro, aliviando as preocupações sobre um possível excesso de oferta nos próximos meses.

Às 07h40 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para dezembro caíam US$ 0,09, ou -0,14%, para US$ 65,38 o barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) para novembro caía 10 centavos, ou -0,16%, para US$ 61,59.

Ambas as referências fecharam com alta de mais de 1% na sessão anterior, após a aliança de produtores — composta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Rússia e outros parceiros — concordar em aumentar a produção total em 137.000 barris por dia a partir de novembro.

O aumento limitado contrariou as expectativas de um aumento maior na oferta, sinalizando que a OPEP+ continua comedida em sua estratégia de produção em meio a projeções de um excedente de oferta no final deste ano e no próximo, disseram analistas do ING.

“O Brent caiu cerca de US$ 5 por barril na semana passada em resposta às expectativas anteriores de um aumento maior na oferta, então essa leve recuperação parece razoável”, disse Anh Pham, analista sênior da LSEG.

“Por enquanto, o mercado ainda parece capaz de acomodar o volume extra, e ainda não vimos uma mudança para contango na frente da curva”, acrescentou.

Até agora neste ano, a aliança OPEP+ aumentou as metas de produção em mais de 2,7 milhões de barris por dia, cerca de 2,5% da demanda global.

Enquanto isso, os riscos geopolíticos continuam a dar suporte aos preços. O conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia interrompeu o fornecimento de energia, e as operações na refinaria russa de Kirishi continuam afetadas após um ataque de drone e um incêndio em 4 de outubro, que paralisaram sua principal unidade de destilação CDU-6. Duas fontes do setor disseram que os reparos podem levar cerca de um mês.

No entanto, o mercado petrolífero em geral enfrenta pressão de baixa devido ao aumento da produção de produtores da OPEP+ e de fora da organização. Analistas alertam que um crescimento global mais fraco — especialmente se prejudicado pelas tarifas comerciais dos EUA — pode suprimir ainda mais a demanda e intensificar o risco de excesso de oferta nos próximos meses.


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