Índice Bovespa avança 0,84% com 59 ações em alta, mas setor de papel e celulose pesa: Vale e Petrobras têm desempenho misto.

O pregão desta sexta-feira, 17 de outubro de 2025, trouxe um alívio ao mercado brasileiro, com o Índice Bovespa (BOV:IBOV) registrando alta de 0,84% (fechamento às 17h45), alcançando os 143 mil pontos em uma sessão marcada pelo vencimento de opções e pela recuperação de ativos ligados a commodities e bancos. Dos 86 ativos que compõem o Ibovespa, 59 registraram ganhos e 24 encerraram em baixa, refletindo um dia de volatilidade moderada, mas com viés positivo. A força de setores como energia, varejo e financeiro, impulsionada por notícias corporativas e fluxos institucionais, foi contrabalançada por pressões em papéis de materiais básicos, especialmente papel e celulose, em um mercado atento a sinais macroeconômicos globais.

As maiores altas do dia foram lideradas por empresas de setores diversos, com destaque para Raízen S.A. (BOV:RAIZ4), do setor de energia e biocombustíveis, que disparou +9,41% para R$ 0,93, impulsionada pela revisão estratégica da controlada Comerc e otimismo com exportações de etanol. A PetroRio (BOV:PRIO3), também do setor de petróleo, subiu +5,61% para R$ 36,12, beneficiada pela retomada da produção no campo de Peregrino. A WEG (BOV:WEGE3), gigante da indústria de equipamentos elétricos, avançou +4,48% para R$ 40,15, refletindo demanda por motores e soluções para transição energética. A Vivara (BOV:VIVA3), do varejo de joias, cresceu +3,38% para R$ 28,79, impulsionada por vendas sazonais e otimismo com o consumo de luxo. Por fim, a Cosan (BOV:CSAN3), do setor de energia e açúcar, subiu +2,98% para R$ 5,87, com investidores reagindo à sua diversificação em logística e biocombustíveis. Esses ganhos foram amplificados por volumes elevados e um cenário de menor aversão ao risco global.

Por outro lado, as maiores baixas do pregão vieram de setores sensíveis à demanda internacional e pressões macroeconômicas. A Klabin (BOV:KLBN11), do setor de papel e celulose, caiu -2,04% para R$ 17,30, pressionada por expectativas de queda na demanda chinesa por celulose. A Totvs (BOV:TOTS3), de tecnologia e softwares corporativos, recuou -1,71% para R$ 41,33, refletindo realização de lucros após altas recentes. A Natura (BOV:NATU3), do setor de cosméticos, perdeu -1,21% para R$ 8,16, impactada por preocupações com margens em um ambiente de inflação persistente. O Pão de Açúcar (BOV:PCAR3), varejista de alimentos, caiu -0,80% para R$ 3,70, afetado por resultados mistos no setor de varejo alimentar. Por fim, a SLC Agrícola (BOV:SLCE3), do agronegócio, fechou estável a R$ 15,73, mas foi listada entre baixas devido à pressão no setor agrícola por custos elevados. Essas quedas refletem a cautela com fundamentos setoriais em um contexto global desafiador.

A Vale (BOV:VALE3) e a Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) apresentaram desempenhos mistos, refletindo suas posições de peso no Ibovespa. A Vale, do setor de mineração, com foco em minério de ferro, níquel e cobre, caiu -0,28% para R$ 60,13, pressionada pela leve queda nos futuros do minério de ferro (-0,19% em Dalian/Singapura, US$ 105,40/t). A empresa anunciou a manutenção do preço de recompra de debêntures participativas a R$ 42,00, com um prêmio de 15%, o que trouxe estabilidade financeira, mas não evitou a realização de lucros em um dia de fraqueza na commodity. Já a Petrobras, gigante do petróleo, gás e combustíveis, viu PETR4 subir +0,95% para R$ 29,73 e PETR3 avançar +0,48% para R$ 31,64, impulsionada por notícias de um investimento de R$ 793,2 milhões na Margem Equatorial e um contrato de 6 milhões de barris com a Índia. Esses eventos reforçaram a confiança em sua expansão global, apesar da terceira queda semanal consecutiva do Brent (+0,62%, US$ 61,24).

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Índices de Ações da B3

Entre os índices setoriais da B3, o Industrial (BOV:INDX) liderou as altas com +1,26%, impulsionado pela força de WEG (BOV:WEGE3), +4,48%, que reflete a demanda por equipamentos industriais, e Gerdau (BOV:GGBR4), +1,87%, beneficiada por exportações de aço. O setor elétrico (BOV:IEEX), +1,23%, também se destacou, com Energisa (BOV:ENGI11), +2,70%, e Eletrobras (BOV:ELET3), +2,51% | (BOV:ELET6), +2,27%, puxando o índice, graças a resultados operacionais sólidos e otimismo com tarifas. Esses desempenhos mostram a força de setores cíclicos em um dia de recuperação do Ibovespa, com papéis de alta liquidez sustentando o índice.

Por outro lado, o índice de Materiais Básicos (BOV:IMAT) foi o mais fraco, subindo apenas +0,14%, pressionado pela queda de Vale (BOV:VALE3), -0,28%, e Suzano (BOV:SUZB3) (-0,36%), impactadas pela fraqueza nas commodities (minério de ferro e celulose). O índice de Imobiliário (BOV:IMOB) (+0,43%) também teve desempenho moderado, com Direcional (BOV:DIRR3) (+0,81%) e MRV (BOV:MRVE3) (+0,62%) sustentando ganhos, mas sem força para superar a cautela com juros altos. Esses resultados refletem a sensibilidade de setores de commodities e imobiliário às condições macroeconômicas globais.

Destaques Diários do Momento B3

Entre as ações destacadas no Momento B3, as cinco maiores altas foram: PetroRio (BOV:PRIO3) (+5,61%), com a retomada da produção no campo de Peregrino após autorização da ANP, reforçando seu potencial de crescimento; Cemig (BOV:CMIG4) (+0,93%), beneficiada pela venda de usinas não estratégicas por R$ 52,4 milhões, otimizando seu portfólio; CPFL Energia (BOV:CPFE3) (+0,92%), impulsionada pela eleição de um novo presidente do conselho, sinalizando renovação na governança; Telefônica Brasil (BOV:VIVT3) (+1,41%), com contrato de R$ 702,6 milhões em computação em nuvem, reforçando sua transformação digital; e Vibra Energia (BOV:VBBR3) (+0,64%), que, apesar da revisão para baixo do Ebitda da Comerc, atraiu compras por sua solidez no setor de combustíveis. Esses eventos corporativos, combinados com um mercado mais otimista, explicam as valorizações.

As maiores baixas entre os destaques do Momento B3 foram limitadas, com apenas duas ações em terreno negativo: Vale (BOV:VALE3), -0,28%, impactada pela queda do minério de ferro e realização de lucros, apesar da estabilidade na recompra de debêntures; e Embraer (BOV:EMBR3), -0,11%, que, mesmo com financiamento de R$ 1,7 bilhão do BNDES para exportação de 13 aeronaves, sofreu com ajustes técnicos após altas recentes. A Tecnisa (BOV:TCSA3), embora não listada no Ibovespa, caiu significativamente (-16,3% nas vendas do 3T25), mas não entra no ranking por não compor o índice. A ausência de outras baixas expressivas entre os destaques reflete o tom positivo do pregão.

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Resumo dos Eventos Corporativos do Dia

  • Cemig (BOV:CMIG4): A companhia anunciou a venda de quatro usinas de pequeno porte por R$ 52,4 milhões à Âmbar Energia, parte de seu plano de desinvestimento. A alta de +0,93% reflete a confiança na otimização de ativos, reforçando a solidez financeira no setor elétrico.
  • CPFL Energia (BOV:CPFE3): A eleição de Sun Peng como novo presidente do conselho marcou uma transição na governança, impulsionando a ação em +0,92%. A renovação atraiu investidores focados na continuidade da estratégia da State Grid.
  • Embraer (BOV:EMBR3): Financiamento de R$ 1,7 bilhão do BNDES para exportação de 13 aeronaves E-175 à SkyWest foi positivo, mas a queda de -0,11% indica realização de lucros após altas recentes no setor de aviação.
  • Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4): Investimento de R$ 793,2 milhões na Margem Equatorial e contrato de 6 milhões de barris com a Índia impulsionaram PETR4 (+0,95%) e PETR3 (+0,48%), refletindo otimismo com expansão global.
  • PetroRio (BOV:PRIO3): A retomada da produção no campo de Peregrino, com aval da ANP, elevou a ação em +5,61%, destacando o potencial de crescimento no setor de petróleo.
  • Tecnisa (BOV:TCSA3): Embora fora do Ibovespa, a prévia do 3T25 com vendas líquidas de R$ 73 milhões (-16,3%) pressionou o papel, refletindo desafios no setor imobiliário, sem impacto direto no índice.
  • Telefônica Brasil (BOV:VIVT3): Contrato de R$ 702,6 milhões para serviços de computação em nuvem com o grupo Telefónica impulsionou a ação em +1,41%, reforçando a estratégia de digitalização.
  • Vale (BOV:VALE3): A manutenção do preço de recompra de debêntures a R$ 42,00 trouxe estabilidade, mas a queda de -0,28% reflete a pressão do minério de ferro e realização de lucros.
  • Vibra Energia (BOV:VBBR3): Revisão do Ebitda da Comerc para R$ 1,05-1,15 bilhão limitou ganhos, mas a alta de +0,64% mostra resiliência no setor de combustíveis, apoiada por fundamentos sólidos.