A caderneta de poupança registrou saques líquidos pelo terceiro mês consecutivo em setembro, conforme os dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (08/10). No período, os saques totalizaram R$ 15,011 bilhões, ficando atrás apenas do recorde de janeiro, quando as retiradas chegaram a R$ 26,226 bilhões. Somente os meses de maio e junho de 2025 registraram depósitos líquidos.

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Com o resultado de setembro, o acumulado de saques líquidos no ano chega a R$ 78,469 bilhões, resultado de R$ 3,224 trilhões em retiradas contra R$ 3,146 trilhões em depósitos. No ano de 2024, a poupança apresentou saques líquidos de R$ 15,467 bilhões.

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A rentabilidade da caderneta de poupança é calculada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Essa fórmula é aplicada enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano — atualmente, a taxa básica de juros está em 15% ao ano.

Segundo levantamento da Elos Ayta, a poupança teve rentabilidade de 0,68% em setembro e acumulou 7,86% nos últimos 12 meses, desempenho significativamente inferior ao oferecido por outros investimentos disponíveis no mercado.

O movimento de saques líquidos contínuos pode pressionar a liquidez de recursos tradicionalmente aplicados na poupança, afetando o fluxo de fundos destinados a investimentos de baixo risco. Para investidores que buscam maior rendimento, a tendência reforça a necessidade de avaliar alternativas financeiras mais competitivas.

No contexto atual, a notícia reforça que a caderneta de poupança mantém uma atratividade limitada frente a outras opções de investimento, especialmente em um cenário de alta taxa Selic, influenciando diretamente decisões de alocação de capital por parte de pequenos e médios investidores.

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