C&A (CEAB3) e Fleury (FLRY3) também figuraram entre as maiores baixas do dia, acompanhadas por Eletrobras (ELET3) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4), em um pregão de realização de lucros após a sequência de altas recentes da bolsa de valores.


O Ibovespa (BOV:IBOV) encerrou a sessão desta terça-feira, 22 de outubro de 2025, em leve queda, refletindo um movimento de cautela dos investidores após as recentes altas do mercado e a oscilação nos preços do petróleo e do minério de ferro. O índice recuou 0,27%, aos 129.870 pontos, com volume financeiro girando em torno de R$ 26,3 bilhões.

A maior queda do dia ficou com a Sendas Distribuidora (BOV:ASAI3), que desvalorizou 7,08%, cotada a R$ 11,82. O papel foi pressionado por realização de lucros e revisões de projeções de analistas do setor de varejo alimentar, após o anúncio de ajustes nas margens e maior competição no segmento de atacarejo.

Na sequência, C&A Modas (BOV:CEAB3) registrou recuo de 3,15%, negociada a R$ 3,99, também influenciada pelo cenário desafiador do varejo e pela expectativa de desaceleração no consumo das famílias. O desempenho reflete a sensibilidade do setor à volatilidade da taxa de juros e às incertezas sobre o ritmo de cortes da Selic até o fim do ano.

A Fleury (BOV:FLRY3) caiu 3,03%, a R$ 15,02, acompanhando o comportamento mais defensivo dos investidores em relação às empresas do setor de saúde. A empresa vinha acumulando ganhos nas últimas sessões e passou por uma leve correção técnica, segundo analistas.

Entre as empresas de peso, Eletrobras ON (BOV:ELET3) recuou 1,49%, cotada a R$ 39,76, e Metalúrgica Gerdau (BOV:GOAU4) caiu 1,62%, para R$ 12,28. O setor elétrico foi impactado por movimentos de rotação de portfólio e expectativa de ajustes regulatórios, enquanto o setor siderúrgico reagiu à leve retração dos preços do aço e do minério no mercado internacional.

Em contrapartida, Petrobras (BOV:PETR4) e Vale (BOV:VALE3) tiveram desempenho positivo e ajudaram a limitar as perdas do índice. O avanço do petróleo e o otimismo com os novos blocos de exploração da estatal compensaram parte do pessimismo generalizado no mercado.

O movimento do dia reflete um padrão típico de consolidação após fortes ganhos na semana anterior. Segundo analistas técnicos, o Ibovespa mantém suporte relevante na região dos 129 mil pontos e só perderia força em caso de rompimento consistente abaixo desse patamar.

Para os investidores de varejo e traders ativos, as movimentações de ASAI3, CEAB3, FLRY3, ELET3 e GOAU4 chamaram atenção no Monitor Performance ADVFN, que acompanha em tempo real as maiores altas e baixas da bolsa de valores brasileira.


📉 ASAI3 acende alerta técnico após sequência de padrões de baixa e cruzamento negativo do MACD

A ação da Sendas Distribuidora (BOV:ASAI3) encerrou o pregão desta quarta-feira (22) com sinais técnicos preocupantes no curto prazo, reforçando a dominância dos vendedores e a perda de força do movimento de recuperação que vinha sendo observado no início de outubro. A leitura dos candlesticks e indicadores obtidos por meio do Scanner ADVFN aponta para uma configuração técnica de viés baixista, exigindo cautela dos investidores.

Entre os padrões mais recentes, o destaque vai para a formação “Harami de Baixa (White Harami)” em 16 de outubro, que sucedeu três aparições consecutivas do padrão “Três Corvos Negros (Three Black Crows)”, um dos mais consistentes sinais de reversão de tendência para baixo no gráfico diário. Essa sequência consolidou um movimento técnico de fraqueza na estrutura de preços de ASAI3, após o ativo não conseguir sustentar a região de R$ 9,00.

Antes disso, entre os dias 3 e 9 de outubro, o papel já apresentava repetições do padrão “Três Corvos de Baixa Idênticos (Bearish Identical Three Crows)”, confirmando um cenário de controle pelos vendedores. Mesmo tentativas pontuais de reação, como o padrão “Pombo-Correio (Homing Pigeon)” observado em 30 de setembro, foram rapidamente anuladas pela pressão vendedora.

📊 Suportes e resistências mapeadas no gráfico diário indicam pontos decisivos para os próximos pregões. Segundo o Scanner ADVFN, um possível ponto de compra se dá apenas acima da resistência de R$ 8,76, com projeções de alvos em R$ 9,68, R$ 10,74 e R$ 11,50. No entanto, caso o ativo rompa o suporte imediato em R$ 7,94, o papel pode testar níveis mais baixos em R$ 7,49 e R$ 7,41, até o suporte mais distante em R$ 6,28.

O potencial altista teórico até o maior preço já registrado (R$ 92,65) é de +1.062%, mas analistas técnicos destacam que esse é um dado histórico, e não um alvo projetado no curto prazo. No momento, a estrutura gráfica sugere lateralização com tendência levemente descendente.

Entre os indicadores técnicos, o MACD apresentou cruzamento de baixa, um dos sinais mais relevantes para inversão de tendência no curto prazo. O CCI abaixo de -100 reforça o cenário de possível exaustão compradora, apontando para uma reversão de alta anterior. O Parabólico SAR e o HILO também indicam mercado favorável à venda, com a média móvel simples de 21 períodos confirmando tendência de baixa.

Por outro lado, o Trix ascendente e o comportamento neutro do Bollinger e do Estocástico mostram que ainda há indecisão parcial no mercado, com cerca de 46% dos indicadores mantendo leitura neutra. A combinação sugere uma possível consolidação temporária antes de um novo movimento direcional mais forte.

Em relação ao contexto fundamentalista, ASAI3 continua sendo impactada por um ambiente competitivo mais acirrado no setor de atacarejo, além de preocupações sobre margens e consumo doméstico. A correção técnica observada desde o início do mês reflete tanto ajustes de posição de curto prazo quanto a reação a balanços de concorrentes diretos, como Carrefour e GPA, que indicaram margens mais apertadas.

Mesmo com o cenário técnico desafiador, alguns analistas destacam que o ativo pode estar se aproximando de um ponto de suporte interessante para operações táticas, especialmente se o papel reagir positivamente nos próximos pregões com volume acima da média. Para que o quadro mude de direção, seria necessário um rompimento consistente acima de R$ 8,76, acompanhado de aumento no IFR e melhora no MACD.

De forma geral, o sentimento técnico sobre ASAI3 segue neutro a levemente negativo, com predominância de sinais de baixa. O ativo registrou 2 de 13 indicadores apontando alta (15,38%), 5 indicando baixa (38,46%) e 6 neutros (46,15%), o que mantém o papel em um patamar de indefinição, mas com viés descendente predominante.

Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.