O superávit comercial da Alemanha ficou em € 17,2 bilhões em agosto, segundo dados divulgados pelo Escritório Federal de Estatística (Destatis) nesta quinta-feira (09/10). O resultado representa uma leve melhora frente aos € 16,3 bilhões registrados em junho, mas reflete um cenário de desaceleração nas trocas internacionais e fragilidade da demanda externa.

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De acordo com o relatório, as exportações alemãs totalizaram € 129,7 bilhões, queda de 0,5% em relação a julho e recuo de 0,7% em comparação com agosto de 2024. Já as importações somaram € 112,5 bilhões, recuando 1,3% no mês, mas subindo 3,5% na comparação anual.

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O comércio com os parceiros da União Europeia continua sendo o principal motor do fluxo comercial alemão: as exportações para os países do bloco atingiram € 72,5 bilhões, enquanto as importações ficaram em € 58,8 bilhões. As trocas com nações fora da UE totalizaram € 57,1 bilhões em exportações e € 53,7 bilhões em importações.

O resultado aponta para uma economia ainda pressionada por condições externas adversas, como o enfraquecimento da atividade industrial global e a demanda mais fraca da China — um dos principais destinos dos produtos alemães. Essa combinação tende a pesar sobre os índices de confiança empresarial e pode limitar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia da Europa nos próximos meses.

Nos mercados financeiros, o recuo das exportações tende a gerar cautela entre investidores quanto às perspectivas de recuperação da economia da zona do euro. O enfraquecimento do comércio exterior pode pressionar o euro (FX:EURUSD) e impactar negativamente os principais índices da região, como o DAX (DBI:DAX), o CAC 40 (EU:PX1) e o FTSE MIB (BIT:FTSEMIB). Além disso, a percepção de desaceleração pode aumentar a demanda por ativos considerados seguros, como os títulos públicos alemães (Bunds).

Mesmo diante da queda nas exportações, o superávit positivo reforça a posição externa sólida da Alemanha e pode contribuir para conter movimentos de volatilidade no mercado europeu. No entanto, a notícia chega em um momento de sensibilidade para os investidores, que acompanham de perto os dados industriais e os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE) sobre política monetária.

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