VALE3 fecha a R$ 62,30 na B3 e ADR VALE +1,40% na NYSE. Produção recorde no 3T25 impulsiona otimismo.
Em um pregão marcado pelo viés positivo das commodities, a Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE) surfou a onda de alta no minério de ferro, fechando com ganhos moderados tanto na B3 quanto na NYSE. O otimismo veio embalado pela prévia operacional do terceiro trimestre de 2025, que mostrou volumes recordes desde 2018, além de esperanças renovadas por um acordo comercial sino-norte-americano. Para investidores que acompanham o setor de mineração, o dia reforçou o papel da estatal como termômetro da economia global, especialmente da demanda chinesa por aço.
Na B3, as ações ordinárias da Vale (VALE3) encerraram o dia em R$ 62,30, com alta de 1,04% (variação absoluta de +0,64). O pregão abriu em R$ 62,28, atingiu máxima de R$ 62,54 e mínima de R$ 61,58, com volume negociado de 15,8 milhões de unidades. Essa valorização reflete a absorção rápida da prévia de produção de 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro, superando expectativas e reacendendo apostas em dividendos extraordinários ainda este ano.
Do outro lado do oceano, o ADR VALE na NYSE performou com ainda mais vigor, fechando em US$ 11,62, com ganho de 1,40% (variação absoluta de +0,16). A sessão começou em US$ 11,60, com pico de US$ 11,69 e piso de US$ 11,48, movimentando robustos 36,3 milhões de papéis. Investidores institucionais estrangeiros parecem premiar a estratégia de crescimento orgânico da companhia, que visa retomar a liderança global em produção de minério de ferro já em 2025, sem depender de aquisições caras.
Comparando com o minério de ferro, o desempenho da Vale mostrou correlação positiva, mas com amplificação nos ganhos. O contrato de janeiro/2026 em Dalian subiu 1,93% para 786,5 iuanes por tonelada (cerca de US$ 111,63), enquanto o de dezembro/2025 em Singapura avançou 0,76% para US$ 106,50. Apesar de altas modestas na commodity, as ações da Vale superaram o percentual do insumo, impulsionadas pela eficiência operacional e guidance elevado para cobre e níquel, que também bateram projeções no trimestre.
- Prévia operacional 3T25: Produção de minério de ferro em 94,4 Mt (maior desde 2018); vendas acima do esperado.
- Crescimento em metais base: Aumentos em cobre e níquel superam estimativas, diversificando receitas.
- Retomada de liderança: CEO projeta topo global em 2025 via projetos internos, como R$ 70 bi em Carajás.
- Dividendos em vista: Geração de caixa robusta abre porta para payout extraordinário pós-balanço (30/10).
- Sustentabilidade: Foco em minério de baixa emissão e logística renovável atrai fluxos ESG.
No cenário global, a Vale se destacou entre pares, com desempenho superior à maioria. A BHP (ASX:BHP) subiu 1,12% para 57,01 pontos na Austrália, enquanto a Rio Tinto (LSE:RIO) ganhou 1,09% para US$ 71,70 na NYSE – ambas alinhadas, mas sem o upside extra da Vale, que beneficia-se de custos baixos no Brasil. A Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) foi uma das estrelas, com +2,40% para US$ 14,10, apostando em aço protegido por tarifas norte-americanas.
Já a CSN Mineração (BOV:CMIN3), player local, brilhou mais com +2,59% para R$ 5,95, superando a Vale em percentual graças a expectativas de EBITDA explosivo no 3T25 e yields de dividendos elevados. Internacionalmente, a ArcelorMittal (NYSE:MT) teve ganho tímido de 0,50% para US$ 34,16, pressionada por margens de refino apertadas apesar do minério em alta. Aqui, a Vale equilibrou melhor os ventos favoráveis, evitando as perdas de siderúrgicas integradas.
Analistas seguem divididos, mas com viés construtivo: Itaú BBA mantém preço-alvo de R$ 75 para VALE3 com foco em dividendos crescentes, enquanto XP rebaixou para Neutro com R$ 66, citando volatilidade chinesa. O BB-BI reforça compra com R$ 68 para 2026, destacando a resiliência operacional. Para traders, o balanço de 30 de outubro pode ser o catalisador para romper resistências técnicas e atrair mais fluxos.
Em resumo, a Vale demonstrou força em um dia de commodity positiva, posicionando-se como uma das apostas mais seguras em mineração global. Com produção recorde e estratégia clara, a companhia mitiga riscos macro e reforça seu apelo para portfólios de longo prazo, especialmente em um Brasil exportador de ferro.
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Análise Técnica da Vale – VALE3 (28/10)
Após o pregão de terça-feira (28/10), a análise técnica de VALE3 mostra um cenário de atenção para os próximos dias. O papel encerrou o dia em R$ 62,30, muito próximo da resistência imediata em R$ 62,54. Caso esse nível seja rompido, o ativo pode buscar alvos em R$ 63,99, R$ 65,35 e até R$ 67,10, com potencial altista de longo prazo estimado em até R$ 120,45 — o maior preço já registrado. Por outro lado, se houver perda do suporte em R$ 61,33, o papel pode testar níveis inferiores em R$ 59,80 e R$ 58,75, o que configuraria uma reversão de curto prazo.
Os indicadores técnicos mostram um equilíbrio entre forças compradoras e vendedoras. Seis dos treze indicadores analisados apontam para alta, como o HILO, Parabólico SAR e médias móveis simples de 5 e 21 períodos. O campo de tendência também permanece em alta, com o Trix ascendente. No entanto, o IFR está em zona de sobrecompra, sugerindo possível correção, enquanto o CCI acima de 100 indica reversão de baixa. A leitura dos candlesticks revela formações recentes de padrão Harami de Baixa (16/10) e Engolfo de Baixa (09/10), que reforçam a necessidade de cautela. O papel pode estar em ponto de inflexão, e o rompimento de resistências ou suportes será decisivo para o próximo movimento.
Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.
Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.