VALE3 fecha a R$61,68 na B3 e ADR VALE a US$11,50 na NYSE. Minério de ferro sobe 0,39% em Dalian, mas setor global misto pressiona papéis.

O mercado de mineração fechou a quinta-feira (23/10) com um tom de cautela para a Vale, que viu suas ações recuarem em meio a um ajuste após o otimismo da véspera, impulsionado pela prévia operacional robusta do 3T25. Apesar da valorização do minério de ferro em bolsas asiáticas, o setor global de commodities exibiu volatilidade, com sanções energéticas e expectativas de estímulos chineses influenciando o humor dos investidores. Para quem acompanha o setor, esse movimento reforça a sensibilidade da Vale aos ciclos de demanda por ferro, especialmente em um ano marcado por recuperação pós-pandemia e desafios fiscais.

As ações da Vale (BOV:VALE3) na B3 registraram uma queda de 0,32% no pregão de quinta-feira (23/10), fechando a R$61,68 após uma abertura em R$62,22 e uma máxima de R$62,54, com mínima em R$61,67. Esse recuo veio como um ajuste natural após a alta de 1,99% na quarta-feira (22/10), quando a prévia do 3T25 – com recorde de produção de minério desde 2018 – impulsionou o papel acima de R$62 e ajudou a sustentar o Ibovespa. O volume negociado foi de 11,217 milhões de ações, sinalizando interesse contínuo, mas com realização de lucros em um dia de dados macroeconômicos mistos.

Na NYSE, o ADR da Vale (NYSE:VALE) seguiu o padrão, fechando a US$11,50, uma desvalorização de 0,02 dólares ou -0,17%, após máxima de US$11,66 e mínima de US$11,45. Com volume de 23,737 milhões de ADRs, o papel refletiu a dinâmica global, onde o otimismo com a produção da Vale contrastou com pressões externas, como a volatilidade no comércio de commodities. Essa performance em dólares destaca a exposição da empresa a fluxos internacionais, especialmente para investidores estrangeiros que buscam diversificação em mineração.

A comparação com os preços do minério de ferro revela uma desconexão pontual: em Dalian, o contrato de janeiro/2026 fechou a 777 iuanes por tonelada (cerca de US$109,08), alta de 0,39%, impulsionada por otimismo com estímulos chineses e queda nos estoques siderúrgicos. Na SGX, o contrato de novembro subiu 0,45% para US$104,65 por tonelada. Apesar disso, a VALE3 recuou, sugerindo que o mercado precificou a realização de lucros pós-prévia, em vez de reagir diretamente à alta da commodity – uma dinâmica comum em dias de ajuste, onde o “sell the news” prevalece sobre fundamentos imediatos.

Assuntos recentes na agenda da Vale influenciaram diretamente os preços: a prévia operacional do 3T25, divulgada na véspera, superou expectativas com produção recorde de minério, projetando lucro acima das estimativas e alimentando discussões sobre dividendos extraordinários no fim do ano. A XP Investimentos rebaixou a recomendação para “neutro”, mas elevou o preço-alvo para R$66 em 2025, citando força operacional. Além disso, a recompra de até R$16 bilhões em debêntures, vista como “financeiramente inteligente” pela Genial Investimentos, reforçou a confiança na gestão, mas o mercado optou por uma pausa, em meio a volatilidade global e análise técnica indicando “força compradora moderada”.

Comparando com pares internacionais, a Vale (NYSE:VALE) teve um dia pior que algumas rivais: a Rio Tinto (NYSE:RIO) subiu 1,77% para US$70,994, impulsionada por demanda chinesa; a BHP (NYSE:BHP) ganhou 0,54% para US$13,07, beneficiada por investimentos em minerais críticos EUA-Austrália; e a ArcelorMittal (NYSE:MT) avançou 0,21% para US$38,90, apesar de pressões no aço. Na Europa, a Rio Tinto (LSE:RIO) subiu 1,84% para 5.301 libras, superando a Vale. Já a BHP (ASX:BHP) na Austrália recuou -0,90% para 55,29 dólares australianos, e a ArcelorMittal (AMS:MT) na Holanda caiu -0,51% para 33,33 euros, mostrando um desempenho pior que o da brasileira em termos relativos.

Essa comparação destaca a resiliência relativa da Vale em um setor misto: enquanto rivais como Rio Tinto e BHP surfaram a onda de estímulos chineses, a companhia brasileira sofreu com o ajuste pós-prévia, mas manteve-se acima de pares como BHP na ASX. A Atlantic Lithium (AIM:ALL) recuou -1,98% para 8,90 libras, e a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) subiu 0,54% para US$13,07, ilustrando como o minério de ferro favoreceu produtores diversificados, mas penalizou quem depende de ciclos curtos.

A CSN Mineração (BOV:CMIN3), concorrente brasileira, contrastou com alta de 1,40% para R$5,79, superando a Vale graças a foco em logística integrada. Internacionalmente, a Vale saiu na frente da ArcelorMittal em Nyse, mas perdeu para a Exxon no petróleo cruzado, reforçando a necessidade de diversificação em portfólios de commodities.

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No fim das contas, o dia da Vale ilustra os altos e baixos do setor de mineração: uma prévia forte dá fôlego, mas ajustes e geopolítica cobram o preço. Para investidores na B3 ou NYSE, esses movimentos são lembretes de que o minério dita o ritmo, e a comparação com pares globais ajuda a navegar a volatilidade.

  • Fatores que influenciaram os preços do minério: Expectativa de estímulos econômicos na China elevou demanda; queda nos estoques siderúrgicos e alta na produção de aço sinalizaram recuperação; pressão no Q4 por embarques globais limitou ganhos maiores.
  • Fatores que influenciaram a Vale: Prévia 3T25 com produção recorde impulsionou trades, mas realização de lucros pós-alta levou à queda; recompra de debêntures e projeção de crescimento de 60% em 25 anos sustentaram suporte; rebaixamento XP para neutro adicionou cautela.

Análise Técnica da VALE3

A análise técnica da Vale (BOV:VALE3) nesta quinta-feira (23/10) reflete um cenário de cautela após o ajuste de -0,32% no pregão, com o papel fechando a R$61,68. Nos padrões de candlestick, o gráfico diário não registrou formações específicas para o dia, mas o histórico recente revela uma sequência de sinais mistos: um Harami de Baixa em 16/10 e um Engolfo de Baixa em 09/10 sugerem pressão vendedora, enquanto os Engolfos de Alta em 01/09 e 26/08 indicam força compradora em momentos anteriores. A ausência de um padrão claro hoje reforça a realização de lucros após a alta de 1,99% na quarta-feira (22/10), impulsionada pela prévia operacional robusta do 3T25. Com suportes em R$59,80 e R$59,22 e resistências em R$63,99 e R$65,35, o preço atual está próximo de uma zona crítica: uma quebra acima de R$63,99 pode acionar compras, mirando R$67,66 ou até o topo histórico de R$120,45, com upside de 93,74%. Por outro lado, uma queda abaixo de R$59,80 sinalizaria vendas, testando suportes mais baixos, o que exige atenção de investidores frente à volatilidade do minério de ferro.

Os indicadores técnicos para a VALE3 mostram um equilíbrio delicado, com 46,15% (6 de 13) apontando alta, 23,08% (3 de 13) sugerindo baixa e 30,77% neutros. A Média Móvel Simples de 5 e 21 períodos, o HILO e o Parabólico SAR indicam compra, sustentados pela tendência de alta no campo de tendência e no Trix ascendente. No entanto, o IFR sobrecomprado, o CCI acima de 100 e a ruptura da banda superior de Bollinger apontam para uma possível reversão de baixa, sugerindo que o mercado pode estar em um momento de exaustão após a euforia da prévia do 3T25. O MACD, o ADX/DMI e o Estocástico permanecem neutros, sem cruzamentos claros, o que reforça a falta de direção definida no curto prazo. Para traders, o rompimento da resistência em R$63,99 pode ser um gatilho de entrada, enquanto uma queda para R$59,80 sugere cautela.

Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.