As ações da Bill Holdings (NYSE:BILL) subiram mais de 13% durante as negociações de pré-mercado na quarta-feira, 12 de novembro de 2025, após diversos veículos de comunicação noticiarem que a provedora de software de pagamentos e automação financeira está explorando alternativas estratégicas, incluindo uma possível venda.

Segundo a Bloomberg News e a Reuters, a empresa sediada em San Jose, Califórnia, contratou um consultor financeiro para avaliar o interesse tanto de grandes empresas do setor quanto de empresas de private equity, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

A medida surge em um momento em que o investidor ativista Starboard Value LP, que revelou uma participação de 8,5% na Bill Holdings no início de setembro, continua pressionando a empresa por melhorias operacionais e mudanças na governança. A Starboard criticou publicamente o lento crescimento da receita principal da Bill e a sua rentabilidade inferior à dos concorrentes.

Em outubro, a Starboard divulgou uma análise detalhada mostrando que a margem EBITDA ajustada da Bill era de 9%, em comparação com uma mediana de cerca de 29% entre seus pares, e destacou uma pontuação da “Regra dos 40” de aproximadamente 21%, significativamente abaixo da meta de 40-50% considerada saudável no setor de software como serviço. A “Regra dos 40” combina o crescimento da receita e a margem de lucro de uma empresa para medir seu equilíbrio entre expansão e eficiência.

Na sequência dessa pressão ativista, a Bill Holdings e a Starboard chegaram a um acordo de cooperação no mês passado, que resultou numa reformulação do conselho de administração, com a adição de quatro novos diretores independentes, incluindo Peter Feld, da Starboard.

Apesar das notícias recentes, nenhuma decisão final foi tomada, e Bill pode acabar optando por permanecer independente, segundo a Bloomberg e a Reuters. A empresa tem atualmente uma capitalização de mercado de cerca de US$ 4,7 bilhões, embora suas ações tenham caído mais de 44% no acumulado do ano.

Em um comunicado aos clientes, os analistas da Truist Securities, Matthew Coad e Lucas Ramadan, comentaram que o desenvolvimento “não é uma grande surpresa”, dado o “tamanho administrável” da Bill, com um valor de mercado próximo a US$ 5 bilhões, o desempenho inferior de suas ações e a geração consistente de fluxo de caixa livre. Os analistas também observaram que a trajetória de crescimento orgânico da empresa permanece “intacta”.

Com as ações de Bill sendo negociadas em torno de US$ 54 no pré-mercado, os analistas estimaram que qualquer venda potencial poderia ocorrer por um valor “bem maior do que isso”.

A Bill Holdings também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:B2HI34).

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