A Receita Federal divulgou nesta segunda-feira (24/11) que a arrecadação federal alcançou R$ 261,9 bilhões em outubro. No acumulado de janeiro a outubro, a receita somou R$ 2,367 trilhões, avanço real de 3,20% sobre o mesmo período de 2024.

Mesmo com as desonerações reduzindo a arrecadação em R$ 10 bilhões no mês — montante R$ 101 milhões menor que o observado em outubro do ano passado — o órgão enfatizou que não houve fatores atípicos afetando o resultado. As receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 246,9 bilhões, representando crescimento real de 0,92% ante outubro de 2024, enquanto a arrecadação das administradas avançou 4,74% na mesma comparação.

Entre os destaques, o recolhimento do IOF atingiu R$ 8,1 bilhões, variação positiva expressiva de 38% em termos reais na comparação anual. Apesar do desempenho robusto, as desonerações relacionadas à folha salarial e incentivos setoriais seguem pressionando o orçamento e continuam no centro das discussões em Brasília.

A divulgação ocorre em meio à atenção crescente do mercado financeiro ao cenário fiscal, após o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas reduzir o bloqueio de gastos de R$ 12,1 bilhões para R$ 4,4 bilhões e estabelecer um contingenciamento adicional de R$ 3,3 bilhões. Assim, o ritmo da arrecadação ganha ainda mais relevância para o cumprimento das metas fiscais de 2025, principalmente diante de um ambiente político mais ruidoso e da incerteza sobre a atividade econômica nos próximos meses.

Para investidores, o resultado tende a influenciar o humor da bolsa de valores, do câmbio e dos títulos públicos. Uma arrecadação forte sugere maior capacidade do governo de cumprir metas fiscais, o que pode aliviar prêmios de risco, fortalecer o real e favorecer ativos domésticos. Já sinais de desaceleração, diante das desonerações, podem gerar pressão adicional sobre juros futuros e percepção de risco.

(receita federal)

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